Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil ficou em 7,6% no trimestre até janeiro de 2024, mesmo patamar registrado no três meses anteriores, encerrados em outubro de 2023. O novo resultado ficou levemente abaixo da mediana das previsões do mercado financeiro, visto que analistas consultados pela Bloomberg projetavam desocupação de 7,8%, percentual igual à média anual de 2023, revela a Folha de São Paulo.

O número de desempregados no país foi estimado pelo IBGE em 8,3 milhões até o primeiro mês deste ano. Esse contingente, por sua vez, também ficou estável em relação ao trimestre encerrado em outubro. Segundo o Instituto, historicamente o desemprego costuma cair no final de um ano e aumentar nos primeiros meses do ano seguinte. Dessa vez, foi observado um cenário de estabilidade.

“Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.

Outros dados

A população considerada desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de oportunidades profissionais. Quem não está buscando, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse contingente nas estatísticas oficiais.

os dados divulgados hoje (29) integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento do IBGE abrange tanto atividades formais, quanto informais, dos empregos de carteira assinada e CNPJ até os populares “bicos”. No recorte trimestral, a taxa de desemprego já havia marcado 7,4% nos três meses até dezembro.

Esse período, por outro lado, integra outra série da Pnad, que apresenta três séries trimestrais comparáveis. Em 2024, analistas esperam menor ritmo para o mercado de trabalho no Brasil, após resultado positivo em 2023. A perspectiva está associada, principalmente, à previsão de desaceleração da atividade econômica neste ano.

(*) Crédito da foto: Reprodução/Carta Capital