A linha que separava os resultados pré e pós-pandemia foi cruzada pela Decolar no segundo semestre. A agência de viagens online latino-americana encerrou o período com receita de US$ 134,4 milhões — 18% acima do registrado no mesmo intervalo em 2019 e 113% a mais em comparação com o trimestre finalizado em junho de 2021, superando também o faturamento do primeiro trimestre de 2022.

Segundo divulgado pelo Phocuswire, as reservas brutas da Decolar somaram US$ 1,1 bilhão — 129% acima do segundo trimestre de 2021, equiparando com os níveis do mesmo período de 2019.

As transações aumentaram 65% na comparação anual, chegando a 2,2 milhões, atingindo 90% do volume do segundo trimestre pré-pandemia. Já as diárias estão a 69% dos patamares de 2019. O EBITDA ajustado no trimestre foi de US$ 10,6 milhões – o terceiro trimestre positivo consecutivo para a empresa.

“Nosso modelo de negócios vencedor e ecossistema de viagens em expansão estão nos permitindo continuar capturando efetivamente a crescente demanda por viagens, principalmente no Brasil, nosso maior mercado”, diz Damion Scokin, CEO da Decolar.

No período, a empresa também concluiu as aquisições da ViajaNet e da Stays. “Com base em nossa experiência em fusões e aquisições, temos integrado esses negócios de forma transparente, a fim de obter sinergias de receita, custo e tecnologia”, acrescenta Scokin.

Passaporte Decolar

O Passaporte Decolar — programa de fidelidade da marca — foi um fator de crescimento de receita no segundo trimestre, com aumento de 2,6 milhões de associados. O salto foi de 82% em relação ao trimestre anterior, totalizando 5,7 milhões de clientes fidelizados.

As transações no segmento aéreo superaram a recuperação em pacotes, hotéis e demais produtos de viagem em 33 pontos percentuais. As reservas brutas domésticas aumentaram 76% ano a ano, superando os níveis do segundo trimestre de 2019 em 28%, enquanto as reservas brutas internacionais aumentaram 200% ano a ano para 85% do mesmo trimestre antes da pandemia.

O Brasil respondeu por 32% do total de transações no trimestre, seguido pelo México (21%). As despesas de vendas e marketing no trimestre foram de US$ 42 milhões, um aumento de 120% em relação ao ano anterior, mas em linha com uma porcentagem das reservas brutas em cerca de 3,8%.

“Com base nos dados e tendências atuais, esperamos que a demanda por viagens sustente sua recuperação durante o restante do ano. Estamos cientes da atual volatilidade macroeconômica global, principalmente do aumento da inflação e das taxas de juros, mas estamos operando nesse ambiente desafiador nos últimos quatro meses e ainda vemos a demanda por viagens se recuperando”, completa Scokin.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Decolar