Após faturar US$ 332,8 milhões no primeiro trimestre, a Choice Hotels International sinalizou a intenção de adquirir a Wyndham Hotels & Resorts, aponta a Reuters. Um possível acordo criaria uma nova marca hoteleira econômica no mercado norte-americano.

As negociações estão em estágio inicial e, caso a Wyndham decidir não prosseguir com o acordo, a Choice Hotels poderá optar por fazer uma oferta diretamente aos acionistas da empresa. A notícia da possível aquisição chega em um momento em que a inflação e os riscos de recessão podem reduzir os gastos do consumidor e aumentar a demanda por hotéis acessíveis, o que favoreceria as duas redes.

“Não comentamos rumores. Estamos focados nos negócios como sempre, gerando valor para nossos franqueados, membros da equipe, hóspedes e stakeholders“, disse a Wyndham em comunicado. Um porta-voz da Choice Hotels também pontuou que a empresa prefere não falar sobre o assunto no momento.

Além disso, as especulações sobre um possível acordo acontecem após as ações da Wyndham terem alta de 5,1%, enquanto as da Choice Hotels retraíram cerca de 4,6%.

As redes

Hoje, a Wyndham possui valor de mercado de US$ 5,9 bilhões, enquanto a Choice Hotels possui uma capitalização de US$ 5,8 bilhões. Atualmente, o portfólio da Wyndham é composto por bandeiras como Days Inn, Travelodge, Super 8 e Ramada, operando e franqueando aproximadamente 9,1 mil empreendimentos e 842,5 mil quartos de 24 marcas localizadas principalmente em cidades secundárias e terciárias.

Já a Choice Hotels opera marcas como Econo Lodge, Quality Inn e Clarion, franqueando mais de 7 mil hotéis e atendendo a clientes de médio a alto padrão. Neste cenário, o instinto de fusão entre os grupos é compreensível. Uma maior escala reforça a eficácia dos programas de fidelidade e marketing, o que pode ajudar as empresas a atrair mais clientes para reservas diretas, aponta o Skift. Elas evitam comissões de 10% a 30% cobradas pelas OTAs, por exemplo.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Wyndham Hotels & Resorts