Recentemente, a Choice Hotels International se pronunciou sobre o fracasso de sua tentativa hostil de aquisição da Wyndham Hotels & Resorts. Os comentários feitos pela empresa incluíram que a possível transação foi desafiada por uma administração “difícil” e por um órgão regulador que estava menos informado sobre as estruturas de preços da indústria hoteleira, além de um relacionamento anteriormente tenso com a Associação de Proprietários de Hotéis Asiáticos. A rede pontuou que se a Wyndham desejar, em algum momento no futuro, eles estariam dispostos a ouvir propostas, revela o Skift.

A rede também divulgou que 13,6% das ações da Wyndham em circulação foram entregues e não retiradas. Sobre este cenário, mesmo com a não conclusão do negócio, o Barclays disse que acredita que as fusões e aquisições no setor de hospedagem estão aumentando e uma maior aceleração está nos planos. A história sugere que as negociações leves em ativos são acrescentadas e se saem bem após as transações, mas com uma quantidade justa de dispersão e influência de vários fatores.

O banco afirma, ainda, que as fusões de marcas aumentarão à medida que grandes C-Corps busquem compensar os danos aos pipelines de construção dos EUA devido a atrasos pós-Covid, altas taxas de juros e início lento de hotéis no país em 2023, além dos benefícios de longo prazo de escala, escolha do consumidor e efeitos de rede para seus programas de fidelidade. A Wells Fargo analisou uma parte da proposta de valor nos múltiplos de C-Corp sobre iniciativas de fidelização. A companhia acredita que programas fortes geram maior efeito de rede, fator-chave para consolidar as fusões.

Choice joga a toalha

No dia 11 de março, a Choice Hotels divulgou que desistiu de sua oferta de US$ 8 bilhões para aquisição da Wyndham, lançada em outubro do ano passado. Operando marcas como Comfort, a empresa havia dado um prazo para os acionistas da Wyndham ofertarem suas ações, mas isso não foi suficiente para garantir a aquisição.

Além disso, a empresa também retirou a nomeação dos candidatos a diretores independentes para o conselho da Wyndham. A “novela” distraiu os gestores das duas companhias, que agora podem buscar novas opções. Em nota, a rede pontuou que rejeitou a proposta da Choice Hotels por vários motivos, entre eles o risco para acionistas, dada a incerteza em torno da aprovação antitruste.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Choice Hotels International