A OMT (Organização Mundial do Turismo) prevê a recuperação total do turismo internacional em 2023, retornando aos níveis pré-pandêmicos. No Brasil, essa expectativa deve se concretizar, de acordo com dados recentes da Embratur e do Ministério do Turismo. Segundo o levantamento mensal da entidade, o país recebeu 2,7 milhões de turistas estrangeiros nos quatro primeiros meses do ano.

O número equivale a 75% dos visitantes internacionais que entraram no país durante todo o ano de 2022 — que somou 3,6 milhões de turistas de outras nacionalidades. A Embratur salienta ainda que a receita gerada pelos estrangeiros no primeiro quadrimestre foi de R$ 10,8 bilhões, segundo dados do BC (Banco Central). No mesmo período no ano passado, os gastos totalizaram R$ 8,15 bilhões.

Em janeiro, o Brasil recebeu mais de 860 mil turistas estrangeiros, que aproveitaram as altas temperaturas do país para aproveitar os mais variados destinos. O resultado foi histórico na série dos últimos quatro anos.

Projeções do WTTC (World Travel and Tourism Council) é que, em 2023, a contribuição do setor para o PIB do país seja 5% acima dos níveis pré-pandêmicos. Serão US$ 145,7 bilhões na economia nacional, chegando a 7,8% do PIB do país, e quase 8 milhões de empregos gerados.

Mercados emissores

“O acréscimo significativo de turistas estrangeiros no país também tem relação direta com o retorno dos argentinos ao Brasil. De janeiro a abril, 1,18 milhão de hermanos desembarcaram nas cidades brasileiras, registrando um aumento de 166% em relação ao ano passado, quando foram registrados 443.993”, informou a empresa.

Além da líder Argentina, no top-3 do ranking de países que mais enviaram turistas ao Brasil vem os Estados Unidos em segundo lugar, com 224.882 visitantes e o Paraguai na terceira posição, com 194.981 turistas. Chile, Uruguai, Portugal, Alemanha, França, Reino Unido e Itália completam a lista dos 10 primeiros.

Vale lembrar que o turista norte-americano é um dos que mais consome no Brasil, com gastos de US$ 93 diários, em média. Mirar iniciativas para esse perfil de público é estratégico para impulsionar as receitas do turismo internacional.

(*) Crédito da foto: Blake Guidry/Unsplash