Alexandre Sampaio, reeleito presidente da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), é uma figura icônica na hotelaria brasileira. Um dos destaques de sua trajetória é a atuação como dirigente no setor. O executivo, que também responde como diretor do Conselho de Turismo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) iniciou sua carreira em 1977, ao lado do pai. E como o Hotelier News homenageia quem faz a diferença, hoje apresentamos o perfil desse grande profissional.

“Minha trajetória começou na hotelaria familiar. Em 1982, poucos anos depois da minha estreia no setor, já estávamos com um hotel em Copacabana, o Rio Copa Hotel. À época, nossa expertise era fabricação de ônibus, construção de galpões industriais e incorporações imobiliárias, e por conta disso decidimos construir um hotel”, explica.

“Nessa época, também operamos um hotel em Macaé, o Lagos Copa Hotel, e anos depois, expandindo nosso negócio, fundamos o Copa Sul. Foi a partir dessa minha atuação que também comecei a trajetória como membro de associações, tanto que ainda nos anos 1980, já fazia parte da ABIH-RJ como associado e, em seguida, trabalhei como diretor financeiro e, posteriormente, vice-presidente da entidade”, relembra o executivo

alexandre sampaio

Sampaio iniciou sua carreira na hotelaria familiar

Alexandre Sampaio: representação sindical

Ao Hotelier News, Sampaio explicou que a representação sindical não partiu de uma decisão pessoal. “Os anos se passaram e em 2000 acabei ocupando uma posição no SindRio, que à época representava hotéis e restaurantes. Houve um problema de gestão e assumi a presidência e, posteriormente, passei a fazer parte da FNRH (Ficha Nacional de Registro de Hóspedes)”, pontua.

“Eu não me considero um líder setorial, acredito que sou mais um partícipe. Consegui colocar profissionais muito bons ao meu lado. Obviamente, é difícil conciliar essa função de empresário e participante do meio sindical, mas felizmente tenho conseguido”, ressalta.

Perspectivas

Sampaio destaca que a hotelaria do Rio vive uma fase positiva, com a alta temporada elevando os índices, inclusive em hotéis da Serra Fluminense. “Tem sido um crescimento vertiginoso, com ocupações boas e diária média subindo. O problema ainda é a recuperação setorial, porque os financiamentos contraídos durante a crise ainda estão sendo pagos”, afirma.

O executivo diz que, entre os desafios, está a alta da perspectiva da inflação, não só no Brasil, mas em escala global. “Será um ano bastante desafiador, mas o setor tem dado sinais de que está com vitalidade, mantendo o controle de custos”, analisa.

No dia 14 de fevereiro, segundo o profissional, o conselho da CNC se reunirá em Brasília com a ministra Daniela Carneiro para tratar diversas questões relacionadas ao setor, entre elas o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). “É uma situação de conhecimento, troca de ideias, percepção e encaminhamento de demandas”, adianta.

Para ele, a reforma tributária também será um desafio. “Isso pode onerar o setor de serviços e nossa prioridade é desonerar a folha. Se houver essa compensação, acho que podemos passar por isso com impactos menos significativos”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Divulgação/FBHA