Com o fim do semestre, as principais redes hoteleiras vêm divulgando seus balanços trimestrais e semestrais. Desde o começo do ano, a Accor vem conquistando bons resultados, confirmando o otimismo do CEO do grupo, Sébastien Bazin. No primeiro semestre, a rede francesa registrou receita de € 1,72 bilhão, alta de 97% frente a igual período de 2021, quando faturou € 824 milhões.

“Mais uma vez neste trimestre, a Accor registrou um crescimento muito forte nos negócios, superando os níveis pré-crise pela primeira vez. Isso marcou uma recuperação em todas as regiões e para todas as nossas marcas”, comentou Bazin, em comunicado.

Segundo a empresa, a recuperação reflete tanto a retomada do número de hóspedes domésticos de negócios e lazer, quanto às reaberturas de fronteiras que aceleraram o retorno de viajantes internacionais. A exceção à regra é a China, por conta de suas políticas de tolerância zero contra a pandemia, e do sudeste asiático, que é dependente dos visitantes chineses. Vale destacar que a retomada também foi acompanhada por um forte aumento dos preços, impulsionada pela demanda e motivada pela correção da inflação.

“O verão confirmará essas tendências e o outono promete ser forte com a retomada do segmento Mice”, prevê Bazin. “Não obstante, o grupo se mantém atento à evolução da conjuntura geopolítica e econômica. Nesta fase, a Accor deverá apresentar um forte crescimento do Ebitda, com uma meta de mais de € 550 milhões para todo o ano de 2022”, acrescenta.

Segmentação por atividade

Como de costume, a Accor divide o faturamento em dois segmentos: Hotel Services e Hotel Assets & Other. O primeiro, que inclui taxas de Gestão & Franquia, registrou aumento de 119% em comparação ao primeiro semestre de 2021. Embora o resultado seja positivo, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia, ficando 12% menor do que nos primeiros seis meses de 2019.

O RevPar consolidado também vem mostrando recuperação. No primeiro semestre, o indicador sofreu queda de 11% frente ao mesmo período de 2019 e aumento de 1% em relação ao segundo semestre do mesmo ano. Segundo a empresa, isto reflete a melhora mês após mês, fazendo com que atingisse níveis próximos ou até superiores aos níveis de 2019 em quase todas as regiões ao longo do segundo trimestre.

O balanço da Accor ainda dá destaque para a América do Sul e, particularmente, o Brasil. De acordo com a rede francesa, a recuperação nos volumes de negócios do país foi notavelmente impressionante, com taxas de ocupação acima do nível de 2019 ao longo do segundo trimestre.

Quanto ao Hotel Assets & Other, que inclui 114 hotéis próprios e arrendados, houve aumento de 57% na receita do primeiro semestre de 2022 em relação a igual período de 2021. Já na comparação com os primeiros seis meses de 2019, a queda foi de 8%, informou a Accor.

Desenvolvimento

Durante o primeiro semestre de 2022, a Accor abriu 85 hotéis, somando 11,7 mil quartos, com crescimento líquido de 1,8% nos últimos 12 meses. Ao todo, até o final de junho, a rede hoteleira possuía uma carteira hoteleira de 777.945 apartamentos (5,3 mil unidades) e um pipeline de 212 mil habitações (1.215 propriedades).

Ao fim de 2022, o grupo francês reitera sua previsão de crescimento líquido do seu ecossistema de hotéis na de 3,5% frente ao ano anterior.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Accor