Com sinais de recuperação desde maio, a Accor fechou o primeiro semestre com faturamento em € 824 milhões. Em comparação à primeira metade do ano passado, o índice teve retração de 6%, mas não o suficiente para atrasar ainda mais o ritmo da retomada. Uma das razões para isso é a diferença nos momentos de cada país. Ainda assim, o desempenho segue distante dos patamares de 2019, que foi muito positivo para a companhia.

Numa análise sobre o RevPar, a rede francesa teve queda de 60% frente o primeiro semestre de 2019, mas algumas regiões tiveram bom desempenho. Isso ocorreu em razão dos diferentes estágios de políticas de isolamento social vividos nos mercados que a empresa atua.

Em relação aos contratos de gestão e franquia, a Accor teve receita de € 163 milhões, recuo de 67% na comparação com o primeiro semestre de 2019. A queda, segundo a rede francesa, ocorre pelo ritmo de recuperação de cada negócio e a paralisação ou fim das taxas de incentivos em cada praça destinos. Este é um mecanismo importante nos resultados dos hotéis.

“Desde maio, temos visto uma clara recuperação. Sinais positivos, incluindo o aumento da vacinação e a reabertura progressiva das fronteiras, que continuarão ao longo do verão.
No primeiro semestre, a Accor melhorou significativamente seu desempenho operacional. Além disso, continuamos a administrar de forma eficiente e cautelosa nossa liquidez e investimentos”, disse Sébastien Bazin, CEO da Accor, em comunicado.

“Estamos, portanto, preparados para a retomada com um balanço sólido e uma estrutura organizacional cada vez mais ágil e eficiente. Ainda é muito cedo para definir totalmente as perspectivas para o final do ano, mas estamos confiantes em nossa capacidade de capturar a recuperação em todas as geografias e colocar em prática uma visão reinventada de viagens”, diz .

Accor: destinos

Por região, em se tratando da receita oriundo dos contratos de gestão e franquia, o Norte europeu teve o pior desempenho, com recuo de 79% frente o primeiro semestre de 2019. Na sequência, vieram Sul Europeu e Imeat (Índia, Oriente Médio, África e Turquia), com recuo de 67% na mesma base de comparação, Américas (-66%) e Ásia Pacífico (-54%).

No geral, o Velho Continente teve melhoras significativas ao final do segundo trimestre, quando medidas restritivas foram flexibilizadas e a abertura econômica foi maior, bem como a contribuição da vacinação, avalia a rede francesa.

Na Ásia Pacífico, o RevPar teve queda de 38%, mas alguns locais foram melhores. Na China houve melhora no indicador, assim como em cidades australianas como Sidney e Melbourne.

No Sudeste do continente asiático, a dependência do turista internacional fez com que a queda no indicador fosse mais acentuada (-69%). Outro fator que atrapalha é a lentidão da vacinação da região, à exceção do Cingapura.

Por fim, Brasil e EUA tiveram mais destaque a partir de junho, enquanto o Canadá continua com algumas restrições. Vale lembrar que os norte-americanos reabrirão as fronteiras a partir de 9 de agosto. Em terras brasileiras, o declínio no número de casos norteou a retomada dos empreendimentos Accor.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Accor