Há quem diga que as viagens de vingança ficaram para trás conforme a pandemia se torna um passado distante. Todavia, não é o que um estudo da Visa revela. De acordo com um levantamento feito pela empresa com viajantes dos EUA, não há sinais de recuo no turismo pós-Covid, aponta o Hotel News Resource.

Segundo o recente Índice de Preços de Viagens 1 da US Travel Association, os custos de viagem aumentaram 4,4% e, embora a maioria dos americanos inquiridos pela Visa (73%) note um aumento nos gastos, apenas 6% dos viajantes planejam cancelar ou atrasar suas viagens.

No mercado brasileiro, o destaque para o setor de turismo dentre os segmentos que mais cresceram em vendas durante a Black Friday de 2023 apontam que as viagens ainda estão entre as prioridades de consumo.

“Os americanos esperam uma jornada de viagem perfeita e digitalmente conectada, quer estejam aqui nos EUA ou no exterior”, disse Kirk Stuart, vice-presidente sênior e chefe de Comerciantes, Aquisições e Capacitação da América do Norte do Visa. “Ao usar os insights deste estudo para elevar os pagamentos digitais, a Visa e nossos parceiros de viagens podem criar experiências de viagem mais integradas para os consumidores”.

Insights sobre viagens de vingança

O Visa levantou os principais insights sobre viajantes dos EUA:

  • Priorizar o  lazer: os viajantes internacionais americanos pesquisados ​​fizeram em média três viagens internacionais durante cerca de sete dias, mas a Geração Z passou mais tempo longe, mais de oito dias. Os turistas priorizam viagens para relaxar (47%), seguidas de explorar algo novo (35%) e buscar aventuras (33%). Austrália, Canadá, França e Reino Unido são os principais destinos para 2024.
  • Grandes gastadores: os participantes da pesquisa relataram um gasto médio em viagens de US$ 4.204, com mais de 60% do total gasto em compras em destinos, levando os viajantes a orçamentarem mais para necessidades locais.
  • Conhecimento em pagamentos digitais: as carteiras digitais tornaram-se um aspecto integrante da experiência de viagem para 74% dos viajantes, mais proeminentes entre os ricos (83%) e os millennials (82%). 85% dos respondentes utilizaram internacionalmente o seu principal cartão nacional.
  • Dinheiro cria estresse: o dinheiro ainda é preferido como método de pagamento, mas estressa os viajantes devido ao potencial roubo, custo de conversão de moeda e sobras. Após uma viagem, os entrevistados relataram ter uma média de US$ 40 em moeda local não utilizada e 24% dosrespondentes se sentiram compelidos a fazer uma compra porque tinham sobras de dinheiro estrangeiro.
  • Controle e a independência: a pesquisa descobriu que 60% dos viajantes estão dispostos a pagar um preço mais alto para aproveitar a flexibilidade para acomodar mudanças nos seus planos de viagem.
  • Opções de viagens sustentáveis: 76% dos viajantes inquiridos escolherão opções de viagens ecológicas se estiverem disponíveis ao mesmo preço ou mais baratas do que opções alternativas, especificamente acomodações.

(*) Crédito da foto: yousefalfuhigi/Unsplash