A expectativa era de incerteza, uma vez que o faturamento do e-commerce nos primeiros 15 dias de novembro havia registrado queda de 6,7% frente ao mesmo período no ano passado. No entanto, a Black Friday de 2023 reforçou o potencial de vendas da data — pelo menos para o turismo.

Conforme divulgado pela Cielo, as vendas no fim de semana da Black Friday apontaram alta de 1,5% no comparativo anual, considerando as comercializações realizadas entre 24 e 26 de novembro. No e-commerce, o faturamento cresceu 10,9%. Já nas lojas físicas, o incremento foi de 0,4%.

O IPCVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado) revelou ainda que os setores de Turismo & Transporte tiveram alta de 9,6% frente a 2022, ficando atrás apenas de Móveis, Eletro & Depto (10,5%) e Óticas & Joalherias (9,7%).

O sucesso de vendas foi sentido também em redes hoteleiras, com exemplos de empresas que registraram resultados recorde em 2023. “O resultado do final de semana confirma o que o desempenho individual da sexta-feira havia indicado: o e-commerce foi o grande destaque da Black Friday 2023. Entre os setores, Cosméticos & Higiene Pessoal registrou a maior alta, impulsionado pelo aumento do ticket médio, o que pode ter sido estimulado por grandes promoções”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

Entre os principais segmentos movimentados pela Black Friday, o setor de Livrarias e Papelarias foi o que apresentou a maior retração, com queda de 1,8% nas vendas.

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E-commerce foi protagonista em 2023

Análise regional

Colocando uma lupa nas vendas regionais, considerando apenas as vendas presenciais, o Norte (+4,7%) e Sul (+3,9%) apresentaram resultados mais expressivos em faturamento. Já o desempenho do Varejo no Sudeste, Centro-Oeste e Norte foi negativo, com baixas de 0,9%, 2,5%, e 3,6%, respectivamente.

Na parcial estadual, os destaques foram:

  • Piauí: alta de 11,6%;
  • Rio Grande do Norte: alta de 11,1%;
  • Santa Catarina: alta de 7,8%;
  • Sergipe: alta de 7,1%
  • Rio Grande do Sul: alta de 4,7%.

Por outro lado, Goiás e Amazonas registraram baixas de 5,0% e 4,8%, respectivamente. Distrito Federal (-2,5%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Pará (-1,9%) aparecem em seguida.

Gasto médio de compras

No recorte do e-commerce, o gasto médio de compras ficou acima de R$ 200. De acordo com o NCC (Núcleo de Comando Cielo), até da meia-noite até às 11h30 do dia 24 de novembro, dia oficial da Black Friday, o ticket médio foi de R$ 217,17.

Nas lojas físicas, o gasto médio foi de R$ 240,39. O horário de pico de vendas ocorreu entre 11h e 11h15. Tanto no online quanto no presencial, as compras realizadas na sexta-feira alcançaram patamares superiores aos registrados ao longo da semana. Em relação ao dia 23 de novembro, por exemplo, o ticket médio teve alta de 61,2% no e-commerce, e 34,5% em vendas físicas.

Semana Black Friday

Na semana da data de compras, vendas online presenciais também apontaram para cima. Já na semana anterior à data, os impactos foram positivos no Varejo. Em comparação com igual período do ano passado, o ICVA aponta um crescimento de 12,1% nas vendas do e-commerce. Nas vendas presenciais, a alta registrada no período foi de 0,5%. Desta forma, o faturamento subiu 1,4%.

Entre os segmentos que tiveram retração nas vendas, destaque para Veterinárias & Petshops (queda de 7,3%) e Livrarias & Papelarias (queda de 3,5%).

Entre as regiões, Sudeste e Nordeste são destaque da semana da Black Friday. Considerando apenas as vendas presenciais, as regiões Sudeste (+1,3%) e Nordeste (+0,2) puxaram o resultado da semana da Black Friday.
Minas Gerais (+3,6%), Espírito Santo (+1,9%) e São Paulo (+1,5%) se destacaram entre os estados da região Sudeste. Já no Nordeste, Pernambuco (+2,4%) e Bahia (+0,6%) experimentaram as maiores altas.

As regiões Centro-Oeste e Sul, contudo, apresentaram baixas de 0,7%, com destaque para a retração nas vendas no Mato Grosso (-0,9%) e em Santa Catarina (-1,3%).

“Percebemos que o Varejo tem se aproveitado da data para reforçar as vendas ao longo de todo o mês de novembro. Nesta semana, em especial, o resultado foi puxado principalmente pelos desempenhos de Turismo & Transporte e Vestuário”, salienta Alves.

(*) Crédito da capa: un-perfekt/Pixabay

(**) Crédito da foto: Preis_King/Pixabay