Em fevereiro, as viagens corporativas cresceram 17% frente ao mesmo período de 2023 e 25% acima de 2019, segundo dados da Abracorp (Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas). No mês passado, o faturamento do setor foi de R$ 1 bilhão. Conforme informado pela entidade, houve avanço global de 1,4% no número de bilhetes vendidos para trechos nacionais, na mesma base comparativa.

A novidade é a performance das viagens corporativas internacionais, que tiveram lenta recuperação no ano passado e, em fevereiro, ficou 17,2% acima em relação ao mesmo período de 2023. O mercado de eventos corporativos, por sua vez, fechou fevereiro com faturamento de R$ 67,3 milhões, 16% abaixo do registrado no mesmo mês de 2019 (R$ 80,4 milhões) e inferior aos R$ 65,6 milhões de igual período do ano passado.

Nos deslocamentos aéreos apenas para eventos, a Abracorp registrou, no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, queda ainda significativa, de 65% em relação ao ano passado em relação aos voos nacionais, e 78% nos internacionais.

Outros dados

Em relação aos resultados das companhias aéreas no Brasil em fevereiro, a Abracorp aponta que a Latam e Azul cresceram em share, enquanto a Gol registrou decréscimo. Os estudos demonstram que a Latam chegou a 36,4% no volume de bilhetes vendidos, alta de quase 20% em relação a janeiro. A Gol, por outro lado, fechou o mês com 32,2%, recuo de 16% na mesma base comparativa.

A Azul ficou com share de 31,3%, crescimento de 6,2% na comparação com o mês anterior. “Entendemos que esse movimento no mercado é reflexo direto do momento da Gol. Ainda não temos como saber se esses números se repetirão ou foram somente uma exceção”, avalia Humberto Machado, diretor-executivo da Abracorp.

Já o setor rodoviário tem demonstrado crescimento permanente, em função dos altos preços das passagens aéreas. Em fevereiro, o faturamento chegou a R$ 4 milhões, frente aos R$ 2,9 milhões do mesmo mês do ano passado, e muito acima de 2019, que ficou apenas em R$ 589 mil.

“Estamos acompanhando bem de perto essa tendência. Parte desse crescimento se deve ao novo comportamento de deslocamento do viajante corporativo, que surgiu com a pandemia”, entende Machado.

(*) Crédito da foto: Pixabay