O entrevistado de hoje (7) do Três perguntas para é dono de uma personalidade única. Leonel Leandro, head concierge Clefs d’Or do Fairmont Rio Copacabana, tem a arte como um de seus principais hobbies. Shows musicais, especialmente de MPB e samba, o encantam. Além disso, o teatro também está entre suas principais paixões. “Sou um verdadeiro ratinho de teatro”, brinca o executivo.

Além disso, também é um grande adepto da leitura. A Cara do Rio, de Ricardo Amaral e Raquel Oguri, é o livro que está lendo no momento. Trata-se de um lançamento de 2016, que resgata a memória da Cidade Maravilhosa por meio de escritos nas ruas do Rio de Janeiro.

O profissional é graduado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduado em Gestão Estratégica de RH pela Estácio. Em sua carreira, coleciona passagens pelo Sofitel Rio de Janeiro Copacabana, Sofitel Ipanema e, por fim, Fairmont, onde atua há quase cinco anos.

Vencedor do Prêmio VIHP (Very Important Hotel Professional) na categoria Concierge, Leandro fala ao Hotelier News sobre a importância da função para o setor, entre outros pontos. Confira.

Três perguntas para: Leonel Leandro

Hotelier News: Você atua há quase cinco anos como head concierge do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana. Ao longo desse tempo, como você tem percebido o papel da função para elevar a experiência dos hóspedes? Há uma importância maior atualmente?

Leonel Leandro: No Fairmont Copacabana eu estou desde a abertura, em 2019 , mas faço parte da Accor há 25 anos . Atualmente, percebo um aumento do grau de exigência do público, e por isso focamos na temática das experiências e que isso seja algo que vá de encontro à sua memória emotiva para transformar momentos em memórias.

Isso exige mais do que nunca do profissional de Conciergerie, que precisa estar sempre muito atento e entender o que o cliente deseja, porque o que é bom para um não necessariamente vai ser bom para todos. Este é um movimento plenamente natural, porque as coisas são evolutivas, não estáticas. Esse nível de serviço fideliza o público e fortalece o posicionamento de excelência do Fairmont.

HN: Qual a importância, para o concierge, de atuar junto a uma associação como a Les Clefs d’Or Brésil, da qual você faz parte?

LL: Eu atuo como concierge desde 2001. Sempre fui muito focado e, se tratando de estar em um nicho novo profissional, ingressava em palestras, cursos, workshops. Toda oportunidade de atividade extra ofício me chamava atenção e foi assim que cheguei à Les Clefs d’Or Brésil. O concierge ser membro internacional de uma associação desse porte é muito importante porque hoje é uma entidade presente em 80 países e 536 destinos mundo afora. O nosso lema é serviço através da amizade. Me permite dicas, sugestões, apoios e suportes de colegas de todos esses lugares onde existem divisões. Todos os congressos que são realizados sempre têm foco educacional, em nos aprimorar cada vez mais para atender e fazer os momentos dos clientes se transformarem em memórias, assim como adotamos no Fairmont Rio de Janeiro Copacabana.

HN: Você foi o grande vencedor do Prêmio VIHP na categoria Concierge na edição mais recente. Comente um pouco sobre a importância desse reconhecimento não só para a categoria, mas para o setor em geral.

LL: Primeiramente, o prêmio, que está na sua nona edição, é alvo de todas as felicitações aos seus criadores, Peter Kutuchian e o Marcio Moraes. Ele enaltece as categorias profissionais existentes na hotelaria, que são diversas. O VIHP traz uma visibilidade sem igual ao ofício de Concierge, sempre o divulgando positivamente. Tê-lo conquistado foi motivo de imenso orgulho. Quando foi anunciado meu nome, foi extremamente emocionante, tanto que mal consegui pronunciar as palavras de agradecimento. Havia também a emoção de estar ali ao meu lado parceiros de trabalho na associação.

(*) Crédito da foto: Arquivo Pessoal