O entrevistado de hoje (11) no Três perguntas para é um grande adepto de conhecer novos destinos. Nas cidades aonde vai, gosta de sair e explorar os pontos turísticos, além de bares e restaurantes. Viajante nato, também é um apreciador de musicais e festivais de jazz. Estamos falando de Anderson Azevedo, recém-eleito presidente da Les Clefs d’Or Brésil.

O gestor da entidade de concierges é graduado em Turismo pela Estácio, possui curso de extensão em Liderança, Administração e Negócios e em Marketing de Luxo pela ESPM (Escola Superior de Propaganda & Marketing), além de MBA em Marketing pela Universidade Cândido Mendes. Azevedo também atua como chef concierge no Copacabana Palace.

No bate-papo com o Hotelier News, o executivo fala dos planos à frente da associação, estratégias a serem desenvolvidas, entre outros pontos importantes. Confira!

Três perguntas para: Anderson Azevedo

Hotelier News: Recentemente, você assumiu a presidência da Les Clefs d’Or Brésil falando em reforçar ainda mais a contribuição do trabalho do concierge na experiência do hóspede. Para você, a importância desse profissional tem crescido ao longo dos anos e hoje ele é um diferencial?

Anderson Azevedo: Na hotelaria de luxo, sabemos que os hóspedes esperam um serviço rápido, consistente, antecipatório e único. A rotina do time de concierge é inegociavelmente centrada na experiência do hóspede tanto no hotel, quanto no destino. Somos desafiados a fornecer um serviço impecável de forma rápida, eficaz e criativa.

Nesse sentido, a Les Clefs d’Or tem o compromisso de educar e chancelar esses incríveis profissionais. Destaco como diferencial, por exemplo, a auditoria da Forbes, na qual o time de concierge é testado por duas vezes: na pré-estada e durante a estada. E ter um concierge membro da Les Clefs d’Or aumenta a pontuação para o hotel na auditoria.

Times fortes elevam a experiência do hóspede, que utiliza e demanda cada vez mais por esse serviço, principalmente quando levamos em consideração o valor que o tempo representa para eles.

HN: Quando assumiu o comando da associação, você mencionou que será feito um forte trabalho nas redes sociais. Esse processo de digitalização, na sua opinião, é um divisor de águas para os concierges?

AA: Esse será um trabalho de médio e longo prazos, com efeito não para os concierges, mas sim para a audiência das nossas mídias. Existe um direcionamento da Les Clefs d’Or Internacional para explorarmos o projeto #yourkeytoeverything, que são city guides em todos os destinos nos quais a Les Clefs d’Or está presente.

Esse é um trabalho de reestruturação e estratégia de comunicação, que passa por todas as nossas mídias sociais. Iremos utilizar toda a curadoria local dos nossos concierges para a produção de conteúdos relevantes e de credibilidade.

HN: Para fechar, quais desafios pode elencar para este biênio à frente da entidade?

AA: Um dos grandes desafios e desejo é a expansão da presença da Les Clefs d’Or para outras cidades com potencial para termos novos membros. Hoje, nosso maior entrave para o crescimento é não ter equipes dedicadas ao concierge, e a Les Clefs d’Or internacional estabelece como regra para integrar a associação que todo membro precise comprovar que é vinculado ao hotel como concierge em seu registro profissional. Atualmente, a nomenclatura para os cargos de front office varia entre as cadeias hoteleiras.

Avançando, o projeto de mídias sociais está em nossas metas, toda a parte educacional, principalmente em colaboração com universidades de todo o Brasil na divulgação da Les Clesfs d’Or, reforçando a importância do time de concierge. Infelizmente, temos muitos formandos saindo de universidades de hotelaria e turismo sem nunca ter ouvido falar de uma instituição tão nobre e importante para a hotelaria mundial, que teve seu esboço iniciado em 1929 e que precisa ser motivo de orgulho para todo hoteleiro, e que se mantém ao longo de quase um século. Por fim, nesse sentido queremos lançar um livro para perpetuar a história da Les Clefs d’Or Brasil e Internacional ainda nesse biênio.

(*) Crédito da foto: Arquivo Pessoal