Em 2022, o setor aéreo se consolidou em direção à recuperação, e este movimento não mudou ao longo deste ano, conforme aponta o mais novo relatório da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês). Em julho, o tráfego mundial de passageiros cresceu 26,2% frente a igual mês do ano anterior, atingindo 95,6% dos níveis pré-pandemia. Já a oferta avançou 22,1% na mesma base de comparação, com esse bom momento nas duas pontas da operação sendo vivido também pela aviação latino-americana.

Segundo os dados da Iata, as companhias aéreas latino-americanas apresentaram, em julho, aumento de 25,3% no tráfego aéreo em relação a igual período de 2022. Enquanto isso, o inventário colocado à disposição dos consumidores  cresceu 21,2% na comparação ano a ano, enquanto a taxa de ocupação subiu 2,9 pontos percentuais, atingindo 89,1%.

De volta a um olhar global, o tráfego doméstico registrou, em julho, avanço de 21,5% frente a igual mês de 2022, ficando 8,3% acima dos níveis a pré-pandemia. A aviação internacional também apresentou expansão no mês, avançando 29,6% na mesma base comparativa. Ainda assim, o segmento ainda não retomou o desempenho de 2019, atingindo 88,7% desse patamar.

“As aeronaves ficaram cheias durante o mês de julho, pois o número de viajantes é cada vez maior. É importante ressaltar que as vendas antecipadas de passagens indicam que a confiança dos viajantes permanece elevada. E há vários motivos para estarmos otimistas quanto à recuperação contínua”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.

Demais regiões 

A Ásia-Pacífico teve os níveis de crescimento mais alto no tráfego global de passageiros em julho, com aumento de 105% frente a igual período de 2022. Na outra ponta, a oferta apresentou avanço de 96,2%. As altas expressivas na região têm explicação, uma vez que, ao longo de boa parte do ano passado, o mercado chinês (principal gerador de demanda regional) ainda enfrentava restrições sanitárias, o que limitava bastante o volume de viagens aéreas.   

As companhias aéreas da África também se destacaram, com crescimento de 25,6% no volume de passageiros transportados e de 27,4% na oferta, sempre na comparação anual. Para acessar os números completos do relatório, clique aqui.

Segundo Walsh, para o cenário positivo se manter, as forças públicas devem se alinhar às privadas. Os números continuam mostrando que as pessoas querem e precisam da conectividade aérea. Por isso, os governos deveriam trabalhar conosco para que as pessoas possam viajar de forma segura, sustentável e eficiente”.

(*) Crédito da foto: RacoolStudio/Freepik