De acordo com relatório divulgado pela GlobalData, o ano de 2022 trouxe uma mudança significativa no sentimento de negócios das empresas à medida que navegavam por uma cenário econômico desafiador. Além disso, há aumento perceptível na parcela de menções de risco macroeconômico e queda no sentimento geral ao longo do ano, que ainda está em sincronia com as tendências observadas no Índice de Confiança Empresarial da OCDE, aponta o Hotel News Resource.

O relatório Company Filings Analytics – Trends & Signals Annual Report 2022 mostra ainda que as discussões sobre inflação, desaceleração, recessão, escassez e cadeia de suprimentos foram tendências fortes em 2022. A Ucrânia estava entre os principais países discutidos durante o ano, devido ao conflito com a Rússia, que fez com que as empresas discutissem as implicações nos preços e na cadeia de suprimentos.

As menções à Rússia, Israel, Estados Unidos e Brasil também aumentaram. Cingapura e Índia emergiram como países com sentimento de negócios positivo. Em relação ao setor de construção, que também envolve o desenvolvimento de hotéis, o sentimento permaneceu estável, na contramão de setores como a indústria aeroespacial, de defesa, segurança indústria, que tiveram saldo positivo.

O relatório

Misa Singh, analista de Fundamentos de Negócios da GlobalData comenta que o sentimento de arquivamento das empresas diminuiu marginalmente em 2022 em relação ao ano anterior. “Industriais e financeiros resistiram à tendência com um pequeno aumento. As empresas de mega capitalização com maior sentimento incluem L’oreal, Novo Nordisk e LVMH em 27%, 12% e 7%, respectivamente”, destaca.

Entre os temas principais, pegada de carbono, metaverso e cryptocurrencies foram tendências com alto crescimento nas menções. Também houve sentimento positivo em relação a blockchain e ciberegurança que tem atraído grande volume de investimentos. “À medida que as empresas navegam por um cenário econômico em rápida evolução, é encorajador ver que as discussões em 2022 se concentraram em iniciativas relacionadas a investimentos, crescimento e estratégias de produtos, que demonstraram uma abordagem inovadora para se manter à frente da curva”, finaliza Misa.

(*) Crédito da capa: Lalmch/Pixabay