Salvador continua apontando sinais de recuperação no setor hoteleiro. Pelo menos é o que mostra o mais recente levantamento da ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia). A cidade fechou o mês de março com uma ocupação média de 61,27%, superando os 58,33% do ano anterior.

O número marca o melhor março dos últimos quatro anos para o setor. Mesmo assim, o indicador ainda não atingiu o nível pré-pandemia, de 66%. A diária média alcançou um novo recorde para o mês, e ficou em R$ 603,26, um aumento de 22% em relação ao ano passado, o que resultou em um RevPar de R$ 369,64.

O indicador, que mede a receita por quarto disponível, avançou 22,81%, se desconsiderados os efeitos inflacionários, na comparação com março do ano passado, quando havia ficado em R$ 287,34. Já na comparação com fevereiro deste ano, o RevPar registrou recuo de 38%, já que as diárias médias haviam ficado em R$ 923,67, impulsionadas pela celebração do Carnaval na capital baiana.

No acumulado do primeiro trimestre, Salvador registrou ocupação de 66,05%, diária média de R$ 745,52 e RevPar de R$ 492,42. Números superiores aos do mesmo período do ano passado, destacando-se a valorização de 21% das tarifas.

Turismo corporativo em ascensão

O resultado é atribuído ao início da temporada de eventos e do turismo corporativo. O que é evidenciado por uma ocupação média de 62,65% durante os dias úteis, superando as taxas dos finais de semana. A Semana Santa também atraiu visitantes, com a ocupação hoteleira chegando a 67% e a diária média ultrapassando R$ 700,00.

Wilson Spagnol, presidente da ABIH-BA, enfatiza a importância das ações de marketing para promover Salvador como destino turístico e a captação de eventos. “Com um primeiro trimestre promissor, enfrentamos agora o desafio de manter o ímpeto durante a baixa temporada, dependendo fortemente do turismo corporativo e de eventos”.

(*) Crédito da foto: digasalinas/Pixabay