Na hotelaria, todo começo de ano é momento de olhar para os 12 meses anteriores, analisar os resultados obtidos e assim traçar novas estratégias. No caso da Royal Hotéis, 2022 foi motivo de comemoração. No período, a rede teve faturamento de R$ 45,5 milhões, incremento de 18,34% frente a 2019 (R$ 34,4 milhões), superando o nível pré-pandêmico.

Em entrevista ao Hotelier News, Acácio Pinto, diretor executivo da operadora, afirmou que os hotéis registraram downgrade de 5,48% na ocupação, proporcionando melhoria nos indicadores que realmente contam: diária média e RevPar, cresceram 38% e 32,48%, respectivamente, na mesma base comparativa.

“Com isso, conseguimos fazer uma receita mais saudável, porque, com ocupação menor, custos variáveis como água, energia e amenities, consequentemente diminuem também. Ainda falando de resultados, nosso GOP teve crescimento substancial, avançando 78,49% em 2022. Foi espetacular”, destaca Pinto.

Royal Hotéis - Acácio_Pinto

Pinto destaca resultados da Royal Hotéis em 2022, que alcançaram os níveis de 2019

 

O executivo ressalta que o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) foi crucial no resultado positivo da Royal Hotéis, pois desonerou PIS, Cofins e imposto de renda, impactando em 22% o incremento da receita total de 2022. “O ano passado também foi um momento para fazer melhorias em nossos empreendimentos, por isso realizamos diversos aprimoramentos estruturais e de serviços, com o intuito de reforçar nossa credibilidade não só aos hóspedes, mas também aos investidores”, analisa.

Perspectivas e orçamento

Para este ano, Pinto explica que foram feitos estudos com duas métricas distintas: um com a mesma base de hotéis do ano passado (sete empreendimentos) e outro com o portfólio atual, com 10 propriedades distribuídas por São Paulo, Minas Gerais e Goiás. No primeiro caso, a projeção anual de crescimento da receita é de 31,6% frente a 2022. Já no segundo cenário, a perspectiva de alta é de 64,2%.

Em relação à ocupação, o diretor executivo da Royal Hotéis explica que a meta é chegar ao nível de 2019. “Nossa projeção para esse indicador é de avanço de 5%, enquanto buscamos incremento mais significativo na diária média, em torno de 25%”, conclui.

Quanto ao orçamento, Pinto diz que a abordagem foi realista, visto que é necessário considerar fatores como a mudança de governo e a instabilidade econômica, causada, por exemplo, pela alta na projeção de inflação. “No ano passado, vivi a necessidade de ter que refazer o orçamento no meio do ano, pela primeira vez subindo a régua. Em abril, maio e junho ficamos tão acima do budget de 2022 que foi necessário refazer. No entanto, ainda é preciso manter os pés no chão e considerar os fatores que podem frear esse crescimento de alguma forma”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Royal Hotéis