A RCI, líder global do segmento de timeshare, está completando 50 anos de atuação no mercado. Em coletiva realizada hoje (1º), no InterContinental São Paulo, na capital paulista, Fabiana Leite, diretora de Desenvolvimento na América Latina; e Ana Laura Acevedo, vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Negócios e Marketing, compartilharam projeções otimistas. Segundo as executivas, a empresa deve consolidar 2023 com crescimento de 15%, tanto no Brasil, quanto na América Latina como um todo.

RCI - Ana_Laura

Ana falou sobre atuação no Brasil

“Hoje, o Brasil é o terceiro mercado com maior crescimento global na nossa operação. Ano a ano, o país vem se destacando cada vez mais. No mundo inteiro, em 2022 as vendas da propriedade compartilhada totalizaram US$ 20 bilhões, sendo US$ 10 bilhões nos EUA e os US$ 7 bilhões restantes na América Latina. Desses, o Brasil vendeu US$ 1,7 bilhão naquele ano. Estamos estimando que o crescimento aqui em 2023 tenha sido de 15%, totalizando R$ US$ 2 bilhões, consolidando incremento exponencial nessa indústria na última década”, disse Ana.

“A RCI tem ajudado a desenvolver destinos no Brasil e, no ano passado, para ilustrar esse crescimento, a equipe trouxe 19 novos hotéis para o nosso portfólio, em novos destinos, como Itaparica e Trancoso, na Bahia, e Penha, em Santa Catarina, e empreendimentos onde já estávamos presentes, como Rio de Janeiro, Gramado (RS), Jericoacoara (CE), entre outros”, complementou a executiva.

Fabiana, por sua vez, atribuiu o crescimento à consolidação do mercado brasileiro, que acontece, segundo ela, graças a projetos empreendedores que acreditaram no timeshare anos atrás. Complementando o raciocínio, Ana destacou que as maiores redes hoteleiras do mundo já estão firmando parcerias com a RCI, uma tendência que deve ganhar força no Brasil nos próximos anos, visto que a iniciativa gera maior fidelização do cliente e aumenta o número de noites.

Perspectivas para 2024

Questionada pelo Hotelier News sobre o comportamento do mercado brasileiro, Fabiana disse 98% dos clientes dos empreendimentos afiliados da RCI no Brasil são os próprios brasileiros, o que desenha um cenário otimista não só para 2024, mas para os próximos anos. “Desse número, 60% dos brasileiros que viajaram pela RCI ano passado optaram por viajar domesticamente. Então, já sabemos que o brasileiro gosta de viajar pelo Brasil por uma série de fatores, entre eles a diversidade de hotéis que temos por todo o país”, pontuou.

“Essa é uma característica muito marcante. Historicamente sempre foi assim, e aumentou durante a pandemia e que agora está voltando ao padrão pré-crise, entre 55% e 60%”, reforçou a executiva, comentando que hoje a RCI conta com 370 empreendimentos e mais de 150 mil famílias associadas ao programa no país, foco também de campanhas de marketing para divulgar o destino internacionalmente.

Fabiana endossou, ainda, o crescimento do mercado brasileiro, e elencou como prioridade chegar a novos destinos. “Obviamente, um dos nossos principais objetivos é lançar projetos e aumentar nossa carteira de clientes. Considerando o comportamento do Brasil, tenho plena certeza de que iremos conseguir”, completou.

Lasos 2024

Evento importante do calendário da RCI, o Lasos 2024 acontece na primeira semana de outubro no Rio de Janeiro, reunindo toda a base de executivos da América Latina e Caribe. “É uma conferência muito importante, na qual as empresas fazem networking, apresentam palestras sobre inovação, novas práticas e dicas para seguir fortalecendo a indústria de timeshare“, disse Ana.

“Estamos organizando tudo, definindo data e local, porque notamos esse interesse pelo Brasil na última edição do Lasos, em Cancún. Como é um destino que vem aumentando seu potencial constantemente, acreditamos que é a melhor escolha. No ano passado, recebemos 280 pessoas, mas precisamente por ser no Brasil, estamos estimando um número entre 300 e 400 participantes, porque há forte procura de speakers internacionais”, concluiu Ana.

Entre os temas que serão discutidos, estão soluções para incorporar IA (Inteligência Artificial) às operações de timeshare, e como proporcionar uma experiência mais interativa e prática. “São debates muito interessantes, de mercados mais maduros, sobre os quais podemos aprender muito e aplicar novas soluções ao nosso mercado”, finalizou Fabiana.

(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News