Por que a gestão do hotel deve manter e aumentar a atenção aos riscos, mesmo que esteja cumprindo todas as exigências de segurança do cliente nas avaliações e vistorias?

Para responder essa pergunta é preciso entender como funciona esse tipo de ação de parte do mercado ao contratar um hotel, seja para hospedagem ou evento.

Especialmente grandes empresas, entidades, órgãos públicos, agências e operadoras de turismo, demonstrando responsabilidade e cuidado com as pessoas envolvidas nas suas atividades, possuem e aplicam procedimentos de verificação dos níveis de segurança de um hotel antes da celebração do acordo comercial.

Cada uma dessas organizações que representam as pessoas que usarão os serviços dos hotéis possui, via de regra, um protocolo ou check list, que definirá o cumprimento de pontos considerados relevantes e fundamentais para a prestação de serviços segura.

Afinal, sobre cada uma dessas contratantes recai a responsabilidade pela segurança dos seus colaboradores, clientes, convidados, fornecedores etc.

Portanto, caso haja consciência sobre a sensibilidade que representa a escolha do local onde seus colaboradores vão dormir, se alimentar, trabalhar e se divertir, haverá a prática de antecipar cenários e exigir prevenção e capacidade de reação da respectiva operação hoteleira.

Exigências de segurança: onde está a lacuna?

Mas então por que um hotel que cumpra as exigências das empresas preocupadas com o bem estar dos seus ainda deve se preocupar diante de uma avaliação de segurança?

A resposta se encontra na lacuna entre o que se cobra numa avaliação de segurança e as probabilidades de riscos existentes.

Ou seja, as avaliações de segurança apresentam escopos limitados e que, portanto, não englobam todas as possibilidades de situações que poderão trazer impactos negativos para as pessoas envolvidas no serviço.

Afinal, o teor dessas avaliações normalmente é criado por profissionais da área de segurança que não conhecem o peculiar universo da hotelaria e sua inesgotável variedade de cenários e possibilidades de riscos.

Dessa forma, o resultado é a indevida percepção de que os riscos sao poucos e estão controlados e que, portanto, há baixa probabilidade de grandes impactos ocorrerem.

As avaliações, check lists e vistorias pré contratação não atingem o contexto amplo de riscos existentes, fazendo, em muitos casos, com que o hotel busque atender o padrão ditado pelos clientes, deixando de dar atenção devida para outras situações, por não fazerem parte das condições para o fechamento do negócio.

Segurança no combate a incêndio, invasões, roubos, furtos entre outros, costumam ser parte dessas verificações e check lists e são muito importantes, mas ainda existem muitos outros riscos que permanecem sem qualquer verificação nesse tipo de vistoria.

E caso um desses riscos não contemplados se transforme em uma ocorrência e traga prejuízo para as pessoas ligadas à empresa contratante, que aplicou e aprovou a vistoria, o hotel, possivelmente, será questionado e, eventualmente, responsabilizado pelo impacto causado.

Portanto, um check list de avaliação de segurança, assim como qualquer ferramenta de prevenção, apesar de muito importante, só será eficiente se for parte de um contexto amplo de análises e providências.

Caso contrário, trará o conhecido e indesejado efeito de criar uma falsa sensação de segurança, distanciando, ao invés de aproximar a operação hoteleira do cumprimento do que é realmente necessário para proteger as pessoas, negócios e reputações.

OPORTUNIDADE:

Se você chegou até aqui e quer saber se o seu hotel está bem preparado, temos uma excelente oportunidade.

Envie uma mensagem para [email protected]. Os 10 primeiros contatos receberão um teste de segurança presencial e gratuito que mostrará seus pontos fortes e aqueles a melhorar e fortalecer seus serviços e negócios. Caso o local seja fora da cidade de São Paulo, serão cobrados apenas os custos de deslocamento.
Para os demais que entrarem em contato enviaremos um check list base para um auto teste de segurança e níveis de proteção. Aproveite!

—-

Otavio Novo é profissional de Gestão de Riscos e Crises, atuando desde o ano 2000 em empresas líderes nos setores de serviços, educação e hospitalidade. Consultor e idealizador do projeto Novo8, mencionado pela ONU no IY TOURISM 2017.  Advogado, coautor do livro “Gestão da qualidade e de crises em negócios do turisno” , durante 6 anos foi responsável pelo Departamento de Segurança e Riscos da Accor Hotels para cerca de 300 propriedades e 15 mil colaboradores em nove países da América Latina.

Contato: [email protected]​ | www.novo8.com.br

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal