As viagens de negócios globais estão em um momento chave. Depois de anos de muitas incertezas decorrentes da pandemia, o segmento acelera sua reação, mesmo com as grandes empresas multinacionais enfrentando um cenário de mudança que exigirá novos processos internos.

É o que mostra o recém-divulgado estudo Navigating global business travel (acesse aqui), produzido pela Mastercard. O levantamento, que ouviu 541 tomadores de decisão da indústria em diferentes países, como Estados Unidos, Itália, Alemanha e índia, traz conclusões relevantes sobre esse novo momento do segmento.

Segundo a Mastercard, travel managers, gerentes de finanças e equipes de procurement formam o público respondente do estudo. Entre esses insights, destaque para alguns números (veja abaixo):

  • 90% dos entrevistados concordam que a expansão da força de trabalho híbrida/remota aumentará significativamente a quantidade de viagens de negócios na próxima década.
  • 85% dos respondentes concordam que vai se tornar comum ter um chief travel officer responsável por gerenciar processos ligados a viagens corporativas em departamentos como RH, Finanças, Segurança e Tecnologia nos próximos cinco anos.
  • 91% relataram que planejam investir em IA (Inteligência Artificial) e machine learning nos próximos cinco anos para oferecer aos funcionários uma experiência de viagem mais personalizada.
  • 90% disseram que suas responsabilidades agora incluem maior ênfase em questões ambientais, incluindo rastreamento de emissões nas viagens de negócios.

“Estamos à beira de uma grande transformação na experiência do viajante de negócios”, avalia Chad Wallace, diretor global de Soluções Comerciais da Mastercard. “Com o aumento das viagens de negócios globais, uma experiência simples e perfeita (de viagem e entretenimento) é essencial para fornecer uma sólida fundação para o futuro do segmento”, completa.

Mais insights

Dadas as mudanças nos escritórios após a pandemia, 86% dos entrevistados concordaram que o gerenciamento de viagens e de despesas ficou mais complexo. Além disso, um em cada três respondentes relatou que os funcionários ainda usam cartões pessoais para reservar viagens, o que cria desafios na visibilidade dos gastos e reembolsos.

Para mudar esse cenário, 90% dos entrevistados disseram que planejam criar um programa de viagem (com o uso de um cartão) para melhorar esses processos. Além disso, mais de 90% estão interessados ​​em fornecer cartões corporativos virtuais aos funcionários para pagar as despesas de viagem nos próximos cinco anos e um percentual similar dos respondentes aposta que os cartões virtuais serão comuns para a maioria das empresas.

“A indústria de viagens corporativas está em um ponto de inflexão na maneira como abordamos o gerenciamento de gastos com viagens de negócios”, acredita Wallace. “Novas soluções de pagamento estão surgindo para atender às necessidades de mudança do setor, permitindo que os viajantes e suas empresas obtenham visibilidade de gastos em tempo real, façam melhor controles das despesas e automatizem todo processo de rastreamento necessário”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Rob Wilson/Unsplash