O MTur (Ministério do Turismo) abriu negociações com companhias aéreas para a criação de programa de stopover para turistas estrangeiros. À frente da pasta, Celso Sabino afirmou ao Metrópoles que já se reuniu com representantes do setor e o presidente Lula para discutir o projeto. 

Ainda de acordo com a coluna, a proposta de Sabino é de que, ao comprar uma passagem aérea para São Paulo, por exemplo, o turista internacional tenha direito a conhecer outras capitais nacionais sem pagar valor adicional. O ministro relata já ter conversado com Jurema Monteiro, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), e com executivos da Azul.  Procurada, a Abear preferiu não comentar sobre o tópico.

O benefício

O stopover já é uma prática comum em empresas aéreas estrangeiras e, inclusive, brasileiros que viajam para a Europa pela TAP têm direito ao benefício, parando em Lisboa ou em Porto antes do destino final. 

Além disso, as três maiores empresas aéreas brasileiras já havia começado, em 2019, a implementar a vantagem para voos domésticos e internacionais em território paulistano. A Gol foi a primeira a anunciar o programa, seguida pela Azul e pela Latam.

Turismo internacional

Normalmente, o fluxo anual de turistas estrangeiros no Brasil não ultrapassa os 6 milhões, mesmo nos anos em que o país foi sede de eventos mundiais como a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada do Rio, em 2016. O projeto do MTur, se implementado, tende a ajudar na ampliação desse movimento, contribuindo para mitigar um antigo gargalo do setor.

De acordo com levantamento recente, no primeiro semestre deste ano, o Brasil recebeu 3,2 milhões de turistas internacionais. Esse número representa 92% dos turistas que o país recebeu durante todo o ano de 2022 e, para Sabino, um esforço conjunto explica a retomada.

“A promoção dos nossos atrativos, a valorização da cultura brasileira e a qualificação profissional são alguns dos itens fundamentais que explicam essa boa movimentação no país. Vamos continuar trabalhando para ampliar esse número ainda mais e ultrapassarmos a barreira dos 6 milhões que perdura há anos no Brasil”, destacou o ministro.

(*) Crédito da capa: rauschenberger/Pixabay

(**) Crédito da foto: @4045/Freepik