Um dos principais desafios para hotéis independentes é definir o tarifário de acordo com a demanda. O problema distancia ainda mais esses empreendimentos das grandes redes, que possuem bases de dados sólidas à disposição. Uma vez que a maior parte da oferta hoteleira do Brasil é composta por propriedades familiares, a Lighthouse traz mais uma solução, desta vez de olho na precificação.

O Pricing Manager é uma ferramenta que possibilita que os hoteleiros independentes dediquem uma parcela maior de seu tempo às atividades operacionais, enquanto utilizam a base de dados da empresa para definir suas estratégias de preços.

O Hotelier News aproveitou a WTM-LA para conversar com Ricardo Souza, Team lead da Lighthouse na América Latina, que contou um pouco mais sobre a ferramenta. “É a principal novidade estamos trazendo para o mercado brasileiro este ano”.

O executivo destacou que a empresa segue focada em sua vertente de BI (Business Intelligence), carro-chefe de expansão da Lighthouse em todo o mundo. “É uma ferramenta que vai ajudar os hotéis a terem um entendimento claro de como posicionar seus preços e até fazer isso por eles. Um hotel independente, que está focado em oferecer um bom café da manhã e um bom serviço, pode focar nisso enquanto a nossa solução automatiza a dinâmica de preços de uma maneira muito simples e fácil de entender”.

O executivo  explicou que o objetivo da nova ferramenta é desenvolver uma solução transacional, acessível e de usabilidade simples, facilitando a entrada de propriedades independentes no jogo da precificação dinâmica.

Cenário exige maior foco na precificação

Souza também comentou sobre as tendências do mercado em 2024, reforçando a necessidade de precificações que atendam a realidade específica de cada propriedade.

“Em termos de preço, observamos comportamentos distintos. Por exemplo: São Paulo, mesmo com uma demanda estabilizada, os valores estão mais altos do que no ano passado, até com bons níveis de crescimento. Já em outras praças, como Curitiba ou Porto Alegre, os preços ainda estão muito próximos do praticado em 2023”, disse o executivo.

Souza ainda atribuiu ao calendário de eventos a explicação para este fenômeno. “No ano passado, em várias praças, existia um calendário extenso de eventos. Então, houve um salto nos níveis de demanda. Agora, estamos voltando para um cenário em que a procura acompanha o crescimento econômico natural do país, sem aqueles drivers de demanda extraordinária”, finalizou.

(*) Crédito das fotos: Bruno Churuska/Hotelier News