Foi divulgada mais uma edição do InFOHB, levantamento realizado pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), referente aos números de janeiro. Segundo a 186ª edição do relatório, houve alta de diária média e RevPar em todas as regiões do país frente ao mesmo período de 2022, seguindo uma série de resultados positivos. Por outro lado, é importante considerar que, no ano passado, o setor ainda sofria as consequências da variante Ômicron, o que enfraquece a base comparativa.

No recorte nacional, o crescimento foi de 28,3% na diária média e de 42% no RevPar. Na ocupação, o incremento foi de 10,7%. Entretanto, considerando a base comparativa mais baixa em função dos efeitos negativos da Ômicron no mercado, é praticamente certo este nível de crescimento não se sustente ao longo do ano. Isso significa dizer que, no melhor cenário possível, a ocupação deve avançar em um dígito na média anual, o que “obriga” o hoteleiro a elevar seus resultados a partir de incrementos (de preferência de dois dígitos) na diária média e, consequentemente, do RevPar.

Este cenário deve acender o alerta para os hoteleiros manterem o controle de custos como prioridade, subir o preço sempre que possível e, caso a demanda não venha como esperado, não cair na tentação de abaixar as tarifas.

InFOHB: recorte regional

Nos resultados por região, o Centro-Oeste teve o crescimento mais significativo no RevPar (74,1%). Em seguida, aparecem Norte (50,7%), Sul (44,8%), Sudeste (44,4%) e Nordeste (14,4%).

Na ocupação, o Centro-Oeste também detém a alta mais significativa (23,6%). A região Norte aparece na segunda posição (13,7%), seguida por Sudeste (12,5%) e Sul (11%). O Nordeste foi o único resultado negativo neste recorte, apresentando retração de 4%.

InFOHB - Gráfico

 

Por fim, em relação à diária média, o cenário é similar, com o Centro-Oeste encabeçando a lista (40,9%), seguido pelo Norte (32,6%), Sul (30,5%), Sudeste (28,4%) e Nordeste (19,2%).

Principais municípios

Dos 15 municípios analisados pelo InFOHB, 13 tiveram alta no RevPar, entre 17,4% em Fortaleza e 116,3% em Goiânia. Outras cidades com percentuais significativos foram Belo Horizonte (111,9%), Porto Alegre (98,8%), Brasília (84,6%) e São Paulo (67,2%). Os decréscimos, por sua vez, foram registrados em Vitória (-1,5%) e Florianópolis (-13,2%).

Na diária média, as altas variaram entre 6,3% em Campinas e 64,2% em Goiânia. Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Brasília, Porto Alegre, Manaus e Belém também apresentaram crescimentos acima de 30%. Apenas Florianópolis apresentou retração, caindo 4,7% no indicador.

Por fim, na ocupação, nove dos 15 municípios analisados tiveram resultados positivos em janeiro, com variações entre 5,9% em Curitiba e 45,2% em Belo Horizonte. As variações negativas, por sua vez, foram registradas no Rio de Janeiro (-0,4%), Vitória (-14,5%), Salvador (-1 ,5%), Recife (-9,5%), Fortaleza (-2,2%) e Florianópolis (-8,9%).

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News 

(**) Crédito do infográfico: Divulgação/FOHB