O mês de novembro foi marcado pelo aumento da demanda na hotelaria. Mantendo a tendência de crescimento do mês anterior, a diária média e o RevPar ganharam força no período. De acordo com o InFOHB, levantamento divulgado pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), ambos os indicadores superaram os números observados no mesmo período de 2019.

A 184ª edição do informativo mostra que no mês passado houve acréscimo de 38,1% na diária média e 36,4% no RevPar, frente ao ano pré-pandemia. Por outro lado, a taxa de ocupação registrou queda de 1,2% no período, na mesma base comparativa. Já em relação ao ano passado, os três indicadores registraram avanço: 18,6% na diária média, 28% no RevPar e 7,9% na ocupação.

No recorte regional, a região Sudeste teve o crescimento mais evidente da diária média, avançando 43,3% frente a 2019. Em seguida, aparecem Nordeste (33,3%), Sul (28,6%), Centro-Oeste (25,9%) e Norte (20,6%). Em relação ao RevPar, o cenário é similar, com o Sudeste liderando o crescimento (40,9%), seguido por Nordeste (34,6%), Sul (27,4%), Norte (22,5%) e Centro-Oeste (22,4%).

Em entrevista ao Hotelier News, Orlando Souza, presidente do FOHB, comentou sobre os números do relatório. “Os hotéis precisavam privilegiar a diária média, devido aos prejuízos causados pelos dois anos de pandemia, que desidrataram os caixas dos empreendimentos. E isso justifica a ocupação mais baixa”, explica.

“As tarifas estão tendo uma recuperação extraordinária, e isso está demonstrado no RevPar, que continua subindo. Os números positivos nesses indicadores são resultado de toda uma estratégia do setor, que elevou as diárias médias quando foi preciso subir. Esses resultados nos fazem ter uma visão otimista para 2023, que será, de fato, o ano da consolidação da retomada. Por outro lado, teremos baixa elevação da oferta hoteleira, entre 3% a 4%, referente a hotéis que tiveram a inauguração adiada por conta da crise sanitária”, finaliza.

Acumulado do ano

De janeiro a novembro deste ano, o InFOHB mostra que houve incremento na diária média e RevPar frente ao mesmo período de 2019, com altas de 19,8% e 19,7%, respectivamente. Já a ocupação registrou retração de 0,1%.Neste recorte, o Nordeste foi o principal destaque no aumento das tarifas, avançando 23%. Em seguida, aparecem Norte (21,8%), Sudeste (20%), Sul (18,8%) e Centro-Oeste (16,4%).

Já em relação ao RevPar, o Norte encabeça a lista (30,9%), seguido pelo Nordeste (23,3%), Centro-Oeste (19,9%), Sul (19,8%) e Sudeste (18,5%).

Sobre a ocupação, o Sudeste responde pela única queda, retraindo 1,3% no período. Entre as variações positivas, o Norte apresentou o melhor resultado, crescendo 7,4%. Centro-Oeste (3%), Sul (0,8%) e Nordeste (0,3%).

Recuperação nas principais praças

Ainda de acordo com o InFOHB, na diária média, os 15 municípios apresentaram crescimento em relação a novembro de 2019, variando entre 12% em Brasília e 32,3% em Recife. Rio de Janeiro, Vitória, Campinas (SP), Salvador, Goiânia, Florianópolis e Manaus também apresentaram percentuais acima de 20%.

No RevPar, também foram observadas apenas resultados positivos, variando entre 7,1% em Brasília e 52,8% em Goiânia. Outros municípios que apresentaram percentuais positivos acima de 20% foram: Rio de Janeiro (35%), Vitória (35,4%), Campinas (20,3%), Recife (32,9%), Curitiba (20,8%), Florianópolis (27,5%), Manaus (31,1%) e Belém (25,9%).

Por fim, foi registrada queda na ocupação em sete dos 15 municípios, com variações entre -3,4% em Campinas e -9,2% em Belo Horizonte. As cidades que apresentaram percentuais positivos foram Rio de Janeiro (3,1%), Vitória (0,3%), Recife (0,5%), Goiânia (23,7%), Curitiba (4%), Florianópolis (1,5%), Manaus (4,7%) e Belém (9%).

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News

(**) Crédito dos infográficos: Divulgação/FOHB