Em setembro deste ano, o setor de serviços teve queda de 0,6% em relação a agosto, de acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por outro lado, em relação ao mesmo período de 2020, o volume de serviços avançou 11,4%, seu sétimo resultado positivo consecutivo. No final de setembro, o Instituto também apontou que o desemprego ainda atinge 14,1 milhões de brasileiros.

No acumulado do ano, o percentual foi, também, de 11,4%. Já no acumulado em 12 meses, o resultado atingiu 6,8%, representando a maior taxa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.

O recuo registrado em setembro em comparação ao mês anterior ocorreu em quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os transportes (-1,9%), resultado negativo mais significativo desde abril de 2020, quando a queda foi de -19,0%. As demais baixas vieram de outros serviços (-4,7%), informação e comunicação (-0,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%). O único crescimento foi observado nos serviços prestados às famílias (1,3%), sexto avanço seguido, período no qual a alta acumulada foi de 52,5%.

Em relação a 2020, o resultado de setembro proporcionou expansão em quatro das cinco atividades de divulgação, além de contar com crescimento de 74,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores que se destacaram, estão o de transportes, serviços auxiliares e correio (13,7%) e o de serviços de informação e comunicação (10,1%), exercendo as contribuições positivas mais significativas sobre o volume total de serviços, aponta o IBGE.

Os demais avanços, ainda em comparação ao ano passado, são provenientes de serviços profissionais, administrativos e complementares (9,6%) e de prestados às famílias (32,2%). A única taxa negativa, por sua vez, foi registrada no setor de outros serviços (-1,5%), atribuído principalmente à menor receita auferida pelas empresas que atuam em administração de fundos por contrato ou comissão.

No acumulado do ano, frente a setembro de 2020, todas as atividades pesquisadas tiveram taxas positivas e crescimento de 71,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Destacam-se, neste cenário, os setores com maiores contribuições positivas foram transportes, serviços auxiliares e correio (15,9%) e informação e comunicação (9,5%).

IBGE: recuo nos estados

Ainda segundo os dados do IBGE, houve baixa no volume de serviços em 20 das 27 unidades da federação em relação a agosto. Entre os resultados negativos, destacam-se os observados em São Paulo (-1,6%), Minas Gerais (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,2%) e Goiás (-2,2%). Já em relação a expansões, os índices positivos foram observados no Rio de Janeiro (2,0%), Distrito Federal (2,9%) e Mato Grosso do Sul (3,6%).

Frente a setembro de 2020, o avanço foi acompanhado por 25 das 27 unidades, com destaque para os estados de São Paulo (10,2%), Rio de Janeiro (12,2%), Minas Gerais (11,8%), Rio Grande do Sul (18,8%), Paraná (11,4%) e Bahia (19,7%). As quedas ocorreram no Piauí (-1,9%) e Rondônia (-2,3%).

No acumulado do ano, na mesma base comparativa, todas as 27 unidades mostraram expansão, com São Paulo novamente se destacando (11,6%), seguido por Minas Gerais (16,0%), Rio de Janeiro (8,2%), Rio Grande do Sul (12,3%) e Santa Catarina (16,6%).

Turismo cresce 0,8% no período

As atividades turísticas, por sua vez, tiveram crescimento de 0,8% em relação a agosto, quinta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 49,9%. Por outro lado, o setor ainda está 20,4% abaixo do patamar registrado em fevereiro do ano passado.

A expansão foi apontada em sete dos 12 locais pesquisados, com destaque para Rio de Janeiro (4,0%), Santa Catarina (5,7%), Bahia (1,5%) e Goiás (2,5%). Indo na contramão dos resultados positivos, aparecem São Paulo (-1,7%) e Ceará (-5,2%).

Em comparação ao mesmo período do ano passado, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 36,6%, sexta taxa positiva seguida. O crescimento é atribuído, principalmente, ao aumento da receita de empresas que atuam nos ramos de hotelaria, transporte aéreo e rodoviário, restaurantes, entre outros.

As 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo no período, com destaque para São Paulo (23,1%), Bahia (104,7%), Rio de Janeiro (28,0%), Minas Gerais (50,9%), Pernambuco (86,0%) e Rio Grande do Sul (65,1%).

No acumulado do ano, a alta foi de 19,9% nas atividades turísticas, frente a igual período do ano passado. O crescimento é atribuído, sobretudo, ao aumento da receita de empresas dos ramos de transporte aéreo, hotéis, restaurantes, locação de automóveis e rodoviário coletivo de passageiros.

Neste cenário, as 12 unidades investigadas tiveram resultados positivos.

(*) Crédito da foto: Fancycrave1/Pixabay