Em 2023, os eventos foram os grandes catalisadores da hotelaria paulista, reforçada pela alta demanda de lazer. Passado o período de férias escolares, os hotéis do estado aguardavam pelo Carnaval — feriado de movimentação intensa em diferentes destinos de São Paulo. A ocupação, que já era esperada, veio. Contudo, o setor perdeu em diária média no segundo mês de 2024.

A Pesquisa de Desempenho da Hotelaria do Estado de São Paulo, desenvolvida pela ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo), chegou à sua 44ª edição. Os dados do levantamento mostram que, em fevereiro, a hotelaria paulista viveu um pequeno aumento em ocupação e RevPar, com uma leve queda em diária média no comparativo com janeiro.

Dentre as 16 MRTs consideradas, 13 respondem à pesquisa (81,25%). Deste montante, nove tiveram queda nos três indicadores e apenas quatro apresentaram alta frente ao mês anterior. Em linhas gerais, os resultados de fevereiro foram:

  • Ocupação: 50,67% — alta de 2,41% frente a janeiro e queda de -3,02 em relação a fevereiro de 2023
  • Diária média: R$ 401,88 — recuo de -1,23% frente a janeiro e incremento de 25,90% em relação a fevereiro de 2023
  • RevPar: R$ 203,63 — incremento de 1,14% frente a janeiro e de 22,10% no comparativo com fevereiro de 2023

Dos respondentes, 47,55% dos hotéis se declararam de categoria econômica; 43,74% se posicionam como midscale e outros 9,68% se classificam como empreendimentos upscale. Já 65,32% das propriedades se consideram como corporativas; 23,39% se intitulam hotéis de lazer e 11,29% recebem ambos os segmentos.

Na análise da relação funcionários X Uhs, fevereiro apresentou índice 0,47, com queda de mais 0,01 ponto (-2,08%) em comparação a janeiro de 2024. Na comparação com julho de 2020 (início da série), o recuo acumulado é de 0,13 pontos (-21,67%).

hotelaria paulista - grafico

Mercado pet friendly

Nesta edição do estudo, a ABIH-SP mediu a oferta de empreendimentos pet friendly na hotelaria paulista. Pelo segundo mês consecutivo, a aceitação de animais de estimação ficou acima de 65%.

Em fevereiro, as três maiores faixas de relação despesas X receita (acima de 70%) apresentaram, pela segunda vez, os maiores indicadores. Isso aponta para a manutenção do aumento dos custos dos hotéis. Acima de 50% deles declararam suas despesas acima de 70%, chegando até a 130%.

A demanda de lazer manteve-se sazonal no mês de fevereiro, com início do aquecimento do corporativo após o Carnaval. Este movimento justifica a queda da média dos indicadores – no estado, pois há mais MRTs com apelo corporativo do que lazer.

(*) Crédito da capa: Freepik

(**) Crédito do gráfico: Divulgação/ABIH-SP