Em junho, a hotelaria paulista manteve o ritmo de queda do mês anterior, apontam dados divulgados pela ABIH-SP. O levantamento apresentou ligeiro recuo nos três principais indicadores, com 10 das 14 Regiões Turísticas analisadas seguindo esta tendência. Destaque negativo para os destinos de lazer no litoral paulista. Por outro lado, praças com perfil de serra e estâncias tiveram melhor performance.

Segundo o estudo, a ocupação média de junho foi de 58,46%, com variação negativa de 0,49% em relação a maio. Já na comparação com igual mês de 2022 e de 2019, houve queda de 2,66% e 7%, respectivamente. No acumulado do ano, o indicador está em 58,37%.

A diária média apresentou variação negativa de 1,97% em relação a maio (a R$ 414,45). Em comparação a junho de 2022 e de 2019, houve crescimento de 31,94% e 30,30%, respectivamente. Já no acumulado do ano, a diária média está em R$ 383,22.

Por fim, o RevPar médio da hotelaria paulista foi de R$242,29 em junho, 2,45% a menos quando comparado a maio. Na comparação anual, houve aumento de 28,43%. Já em comparação com o mesmo mês de 2019, o indicador apresentou melhoria de 21,16%. O acumulado do ano está em R$224,61.

Hotelaria Paulista se mantém estável em junho

Hotelaria Paulista se mantém estável em junho

Termômetro de rentabilidade

A pesquisa obteve uma taxa de resposta de 87,50% dos associados, que estão espalhadas por 394 municípios paulistas, o que representa 89,34% do total.  

Desses associados, pouco mais de 70% têm despesas que comprometem mais da metade da receita. Já 14,04% dos hotéis entrevistados têm custos que chegam a comprometer até 80% do faturamento, enquanto outros 10,53% veem os gastos responderam por pelo menos 91% da receita.

Esses dados reiteram que as dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor desde a pandemia de Covid-19 podem ainda não ter sido completamente superadas, embora os números apresentem melhoras significativas em relação ao mesmo período de 2020 e 2021. 

Em relação à contratação de funcionários, após atingir a igualdade em relação ao início do estudo e sofrer uma queda em maio, junho apresentou um desempenho ligeiramente melhor. Apesar do avanço, o resultado ainda aponta para uma estagnação de contratações devido à escassez de mão de obra qualificada.

(*) Crédito da capa: Joel Santana/Pixabay

(**) Crédito do infográfico: ABIH-SP