De acordo com o estudo Hotelaria em Números 2022, realizado pela JLL em parceria com o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) e com a Resorts Brasil, a hotelaria brasileira tem mostrado resiliência e fortes sinais de recuperação.

A pesquisa fez um panorama da performance em 2021 de mais de 500 hotéis, flats e resorts, com ênfase nos parâmetros sobre a distribuição de receitas e despesas da operação. O levantamento mostra que, em 2021, a taxa de ocupação ficou em 43%, índice 62,4% superior ao de 2020, mas aquém do registrado em 2019 (60,2%).

“A pandemia impôs ao mercado pelo menos quatro fases distintas. Primeiro, passamos pelo período de maior restrição, com a paralisação das viagens. Em setembro de 2020, tivemos a volta de parte do turismo de lazer”, afirma Ricardo Mader, diretor de Valuation and Advisory Services da JLL.

“Com a vacinação, a demanda cresceu e, a partir de março deste ano, estamos vendo os índices retomarem com maior velocidade. Por isso, a expectativa é para que em 2023 a taxa de ocupação esteja de volta a níveis históricos”, complementa.

A diária média, por sua vez, permaneceu estável em 2021 na comparação com o ano anterior, com uma pequena queda de 0,7%, chegando a R$ 212,20. Quando comparado com a variação dos índices de inflação, o indicador ficou 42% defasado em 2021, em relação à diária média de 2011.

O GOP (Resultado Operacional), apesar de positivo, foi baixo, atingindo 15,7%. “De maneira geral, os hotéis sobreviveram, mas somente com o aporte de capital feito pelos proprietários, financiando o capital de giro”, explica Mader.

Expectativa

Os primeiros sete meses de 2022 já demonstraram melhora na taxa de ocupação, com recuperação das diárias médias, que já caíram para um nível de 26,5% de defasagem em relação ao IPCA nos primeiros sete meses deste ano.

A expectativa da JLL é que o desempenho do setor continue melhorando nos próximos anos, já que a demanda está aquecida e a oferta hoteleira deve permanecer estável. Na visão da consultoria, um dos pontos de atenção para os próximos anos é a agenda ESG.

“A indústria hoteleira aprendeu a operar suas estruturas de custo de forma mais enxuta, acelerou o investimento em tecnologia, e isso deve permanecer no longo prazo. Ao mesmo tempo, será necessário dedicar recursos humanos e financeiros para práticas ESG, porque essa é a uma tendência que veio para ficar”, analisa Mader.

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(*) Crédito da foto: Divulgação/Wyndham Hotels & Resorts