O Hotel Trends Orçamentos 2024 foi encerrado com uma conversa sobre custo, eficiência e investimento hoteleiro relacionado à mão de obra, tecnologia e experiência. A última apresentação do encontro realizado pelo Hotelier News em parceria com a Noctua Advisory pontuou sobre uma área importante de qualquer negócio: custos. A eficiência é uma das primeiras relações a serem feitas ao pensar no tema, mas o que mais pode ser incluído? Um painel com Felipe Castro, diretor corporativo de Operações do Grupo Tauá de Hotéis; Maristella Diniz, head de Development, Asset Management and Brazilian Investor Relations da GTIS; e Paulo Mélega, VP de Operações da Atrio Hotel Management, trouxe mais conexões.

No bate-papo, nomeado Custos: como ser mais eficiente?, os executivos trouxeram algumas dicas práticas como pensar em fluxos alternativos de água, energia solar e benchmarking da região de atuação. No entanto, o debate também foi mais fundo e trouxe situações mais complexas.

No ponto de vista de Castro, resiliência se tornou palavra de ordem para sobreviver ao período pandêmico. Sendo assim, passado o momento mais conturbado, focar em experiência e entretenimento passou a ser obrigatório na hotelaria, principalmente de lazer.

“Voltamos a operar em 2021 e a missão era entregar mais experiência, o que aumentou o custo pós-pandemia e reforçou a necessidade de sermos eficientes na operação. Atualmente, crescemos neste quesito, mas aliando eficiência operacional ao investimento em experiência e entretenimento oferecidos aos clientes, trabalhando também a manutenção do custo”, explicou.

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Painelistas debateram estratégias para uma gestão eficiente de custos

 

“Para 2024, então, vamos analisar número de UHs, eficiência operacional e outros fatores para custear o orçamento ideal e compatível ao momento do mercado”, pontuou o executivo.

Trabalho específico

Para Maristella, um exemplo positivo de manutenção de custos foi justamente um investimento feito pelo Palácio Tangará durante a pandemia. “A aposta da unidade de luxo voltou-se ao A&B, abrindo um novo restaurante ao ar livre no período em que a demanda era por entretenimento do tipo, dado o período histórico. Mesmo assim, é preciso lembrar que este é um caso de luxo e específico, com o panorama sendo totalmente diferente em casos de midscale, por exemplo, onde as opções são mais restritas”, afirmou.

Olhar no futuro

O modelo de redução de custos adotado pela hotelaria durante a pandemia foi importante, mas, na visão de Mélega, não deve ser um exemplo para os tempos atuais.

“Não acredito que esta forma de pensar custo é sustentável para o setor a longo prazo e, na Atrio, não temos aproveitado isso no pós-pandemia. Entre as estratégias atuais, acredito que olhar para outros setores também pode ajudar a desenvolver novos formatos e ainda não vistos na hotelaria. Pensar com outros olhos ajuda, pois otimiza processos e ajuda a pensar melhor em custos”, finalizou o executivo.

O Hotel Trends Orçamentos 2024 contou com oito palestras sobre diversos aspectos em áreas pertinentes ao setor hoteleiro.



O Hotel Trends Orçamentos 2024 é uma realização do Hotelier News, em parceria com a Noctua Advisory. Em sua 2ª edição, o encontro tem como patrocinadores o Grupo R1, Clima ao Vivo, APP Sistemas, Atlantica Hospitality International, B&B Hotels, Climber RMS, Laghetto Hotéis, Atrio Hotel Management, Aviva, BWH Hotels, Grupo Wish, Hot Beach Hotéis & Parques, Equipotel e OTA Insight.

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(*) Crédito das fotos: Bruno Churuska/Hotelier News