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Diversidade é uma das pautas prioritárias na agenda ESG da Frigo Service. Com um quadro de funcionários permeado por membros da comunidade LGBTQIAPN+, a empresa fornecedora de itens para frigobar desenvolveu mais uma iniciativa mirando a inclusão de minorias no mercado de trabalho hoteleiro.

Reafirmando seu posicionamento como uma marca inclusiva e diversa, a Frigo Service busca incentivar a capacitação e contratação de profissionais trans — recorte de pessoas ainda à margem da sociedade quando falamos em oportunidades de trabalho.

“Compreendo a importância e a responsabilidade de fazer da Frigo uma empresa que afirma a diversidade e incentiva outras pessoas que, como eu, são da comunidade LGBTQIAPN+ e possuem poder de decisão para termos cada vez mais empresas inclusivas com toda a diversidade humana”, comenta Leandro Souza, diretor geral da empresa.

O executivo, que se identifica como homem gay, não se limita a levantar bandeiras, mas vem engajando seu time para fomentar iniciativas que têm como objetivo reduzir as desigualdades de identidade de gênero e orientação sexual no setor hoteleiro.

“Trabalho na hotelaria desde muito cedo e, por conhecer muito bem esse mercado, sei da dificuldade de inclusão, por exemplo, de pessoas transgêneros. Então, passei a provocar o meu time para que tenhamos ações afirmativas neste sentido, sendo uma empresa de diversidade e inclusão não apenas da boca para fora”, acrescenta Souza.

Leandro Souza

Vamos convidar os hotéis a entrarem nessa luta conosco, diz Souza

Senso de diversidade

Aproveitando o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em junho, a Frigo Service dá mais um passo para a inclusão de minorias. Após desenvolver ações de apoio a projetos como a Casa 1, centro de acolhimento de pessoas LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade social, a empresa revela seu senso de diversidade e apresenta seu projeto Trans Job.

De acordo com dados compartilhados pelo departamento de RH (Recursos Humanos), cerca de 85% dos colaboradores se autodeclaram heterossexuais, enquanto 6% são homossexuais e outros 4% se identificam como bissexuais.

No recorte de identidade de gênero, 92% se autodeclaram cisgênero, 4% preferiram não responder e 3% escolheram responder com a opção outros. Atualmente, a Frigo possui apenas uma pessoa trans em seu quadro de funcionários, mas a ideia é elevar esse indicador.

Trans Job

Ainda em fase de desenvolvimento, o projeto Trans Job tem como missão incluir pessoas trans no mercado de trabalho hoteleiro. Dando destaque para a letra T da sigla, a empresa entende que essa minoria ainda sofre mais marginalização e preconceito frente às demais.

“O Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans e travestis no mundo, mesmo comparado com nações que penalizam a comunidade LGBTQIAPN+. São pessoas que não têm oportunidade no mercado de trabalho devido ao preconceito em nosso país, e muitas vezes precisam se sujeitar a outras formas de sustento, como a prostituição. Ao contrário de homossexuais cisgênero, que apesar de sofrerem preconceito, podem, infelizmente, se manter anônimos em suas profissões”, explica Bruna Cintra, head de Finanças da Frigo Service.

Segundo Bruna, existem muitas nuances e barreiras a serem quebradas no mercado de trabalho, como o uso do nome social, pronome, uso dos banheiros, entre outros pontos que precisam ser considerados no momento da contratação.

Setor permeado por padrões, a hotelaria ainda caminha a passos lentos no quesito inclusão. “Vejo muitas dificuldades em processos de seleção para colocar essas pessoas no mercado. Nosso objetivo com o Trans Job é fazer com que esses profissionais cheguem na ponta da operação”, pontua Souza.

A Frigo Service se compromete em contratar, treinar e capacitar pessoas trans sobre procedimentos hoteleiros e, em um segundo momento, direcionar esses profissionais para hotéis parceiros.

“Vamos convidar os hotéis a entrarem nessa luta conosco. Nossa meta é atuar com esses profissionais pelo período de um ano para, em seguida, colocá-los na operação hoteleira já alinhados com a cultura empresarial do empreendimento”, explica o diretor.

Para que o projeto funcione, a Frigo Service entende que é preciso firmar parcerias com hotéis que já trabalham a pauta de diversidade e entendam as diferenças ao contratar uma pessoa trans. “Não queremos ser irresponsáveis e colocar esses profissionais em locais em que possam ser ofendidos. É preciso criar uma educação neste aspecto, com treinamentos internos para que essas pessoas sejam acolhidas”, enfatiza Bruna.

O Trans Job está finalizando os detalhes para iniciar seu projeto piloto com um hotel em São Paulo ainda este ano. Em seguida, a empresa planeja levar a iniciativa para seus franqueados Brasil afora.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Frigo Service