Segundo levantamento da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o turismo brasileiro já faturou R$ 129,1 bilhões este ano. O número representa alta de 33% em relação a 2021 (R$ 97,2 bilhões) e de 41% frente a 2020 (R$ 91,4 bilhões), revela o Sbt News.

Entre os segmentos que mais contribuíram para o resultado, estão o transporte aquaviário (32%), aéreo (19,9%) e terrestre (8,5%). “Os resultados positivos mostram a relevância do turismo no orçamento familiar e das empresas, apesar da inflação”, destaca Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.

O resultado corrobora com a projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que elevou a projeção de crescimento do setor de 5,1% para 5,8% em 2022, devido ao crescimento de 0,7% no setor de serviços em agosto.

Trajetória ascendente

De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Índice de Atividades Turísticas cresceu 1,2% em agosto na comparação com o mês anterior e atualmente se encontra 0,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, período pré-pandemia.

Entre janeiro e agosto de 2022, o agregado especial de atividades turísticas acumula expansão de 39,1%. Neste cenário, Minas Gerais lidera com os resultados mais expressivos (3,9%). O estado é seguido por São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%).

Em estudo recente, o WTTC (World Travel & Tourism Council) projetou que o turismo brasileiro deve movimentar, até o final de 2022, US$ 122,28 bilhões. A projeção otimista é atribuída, entre outros fatores, às festividades de fim de ano, que movimentam consideravelmente a cadeia turística do país. As boas perspectivas também se aplicam à geração de empregos do setor.

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o turismo gerou, em agosto, cerca de dois em cada dez novos postos de trabalho no setor de serviços, atividade que mais contratou no período, que teve as empresas de hospitalidade e alimentação respondendo pela maior parte das vagas criadas.

(*) Crédito da foto: masteroblima/Pixabay