A Decolar está aumentando sua participação no Brasil agora que um concorrente, a 123 Milhas, entrou com pedido de falência depois de suspender a venda de passagens aéreas do pacote Promo. O país é um grande mercado e, com a queda da OTA, a companhia vê uma boa oportunidade para elevar sua atuação, aponta o Skift.

“Estamos começando a ganhar participação no mercado brasileiro, mas também a dinâmica competitiva de ter um player tão irracional no mercado mudou drasticamente”, comenta Damian Scokin, CEO da Decolar.

“Portanto, esperamos que essa situação continue proporcionando amplo espaço para o crescimento de nossas marcas no Brasil”, complementa o executivo. O Scokin pontuou que a concorrente era “basicamente um esquema Ponzi, ou seja, de pirâmide, que tem prejudicado significativamente o mercado de viagens nos últimos anos”.

Crescimento

Scokin afirmou que a Decolar começou a ver impacto positivo no terceiro trimestre, após a crise da 123 Milhas, e espera ver ganhos mais significativos no trimestre seguinte. Somente as passagens aéreas representaram metade dos 2,4 milhões de transações da companhia no período.

O deputado brasileiro Ricardo Silva divulgou um relatório em outubro afirmando que a 123 Milhas funcionava usando o valor obtido em compras para emitir passagens para clientes anteriores e enriquecer os proprietários, até que a empresa entrou em colapso. No mês passado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 900 milhões em bens e valores dos sócios da OTA, que haviam transferido recursos para contas bancárias pessoais.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Decolar