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Durante a ROC 22 (Revenue Optimization Conference), promovido pela HSMAI Brasil, no início de agosto, a Bebook foi destaque na roundtable realizada no dia seguinte ao evento. A ocasião contou com a presença de 20 profissionais de RM (Revenue Management). No centro do debate, a plataforma de precificação trouxe um tema ainda pouco abordado pelo setor, mas que promete ser a bússola para as tomadas de decisão em termos de tarifário: o data science.

Christiano Penna, CEO e fundador da Bebook, apontou as diferenças entre data science e data driven, além de ressaltar a importância da análise minuciosa de dados como o caminho para os profissionais expandirem seus conhecimentos e, consequentemente, alcançarem resultados mais satisfatórios.

“Sinto que haviam vários conceitos sobrepostos sobre o que é orientado por dados e o que é ciência de dados. Desta forma, procuramos trazer conceitos que esclarecem as diferenças entre um e outro. O BI (Business Intelligence) ou data analytics é a construção da inteligência empresarial que gera valor aos negócios”, pontua Penna.

De acordo com o executivo, quanto mais orientada por dados, mais as tomadas de decisão trarão resultados eficientes. Para chegar a esse patamar, a Bebook traz a correlação entre o valor e nível de inteligência das empresas, que juntos compõem as análises avançadas.

Análises avançadas

É importante frisar que, em análises avançadas, todas as etapas são fundamentais e não podem ser dispensadas. A trilha entre o dado bruto e a otimização é longo, mas permite um maior alcance de cenários que não seriam possíveis sem ela. O gráfico abaixo detalha fase por fase, conforme vamos explicar a seguir.

data science - analises avançadas

Começando pelo dado bruto, os profissionais de RM precisam higienizar (ou tratar) as informações antes de trabalhar em cima das mesmas. Isso significa refinar, fazer correções e até mesmo padronizar, entre outras formas de gerenciamento. “Quando fazemos isso, geramos relatórios padrões. A partir daí, começamos a entender o cenário que estamos operando e produzindo”, salienta Penna.

Com os relatórios prontos, chegou a hora da publicação. Nesta etapa, é possível iniciar quantificações para chegarmos até a consulta detalhada. “É a fase em que desenvolvemos a crítica ou problema. Nas notificações, identificamos como gerenciar esse entrave. No caminho até aqui, ainda não temos uma inteligência empresarial, mas sim uma inteligência gerencial”, continua o CEO.

Após entender quais ações serão feitas para solucionar o problema, as análises estatísticas mostrarão as causas. “A inteligência começa aí, quando você relaciona o banco de dados para entender o motivo de aquilo acontecer. Por meio da análise de dados correlacionados, identificamos tendências que vão nos dar hipóteses sobre cenários futuros”, explica o executivo.

O que virá depois? Essa é uma questão-chave na trilha das análises avançadas, pois é por meio dela que chegamos ao ponto alto da jornada dos dados: a otimização. “A previsão é o forecast, foco principal do RM, que analisa a demanda, o mercado e busca melhorias para a performance e receita do hotel”, continua Penna.

data science - bebook - christiano penna

Penna: é importante questionar onde os hotéis querem chegar

O que vem depois?

Para o CEO, muitos profissionais de RM ficam presos às notificações, replicando a mesma receita de aumento de preços de acordo com o crescimento da demanda. “Muitos profissionais ficam baseados nessa fase, mas conseguir prever o que virá depois faz parte da inteligência empresarial. É importante questionar onde o hotel vai chegar com determinado nível de reservas”.

Vale lembrar que as capacidades humanas têm limite e a análise de dados por profissionais vai até determinado ponto. Com o forecast definido para a otimização das ações, o data science é o próximo degrau da escada. “Todo RM é orientado por dados. RM é um método de análise baseado em decisão por dados compondo o que chamamos de processos terciários e de controle. Contudo, esse conteúdo é acumulado e acabamos presos no processo. Se faz necessário a capacidade de se comunicar com os demais departamentos para que eles compreendam o cenário e trabalhem em conjunto na mesma direção”, explica o CEO.

Com a otimização consolidada, as análises avançadas passam para as inteligências artificiais e ferramentas utilizadas pelo RM — o que gera resultados mais precisos. Segundo Penna, a ciência de dados vai além da inteligência empresarial, direcionada por modelagens matemáticas que traçam soluções e hipóteses.

“O RM, no passado, usava ferramentas como planilhas e análises planas bidimensionais que permitiam apenas consultas detalhadas. O Bebook BI e o Bebook RMS são soluções que oferecem visão de melhoria, previsão, análises estatísticas e potencializam o trabalho dos profissionais e a inteligência dos hotéis”, ressalta o executivo.

O data science e a IA levarão o RM a uma posição além da inteligência empresarial, transformando os profissionais em verdadeiros cientistas de dados, interagindo com capacidade máxima computacional. Com o potencial analítico otimizado, os resultados e a acuracidade das visões tendem a aumentar exponencialmente.

“A análise empresarial a nível de BI e RMS com automação está começando a despertar agora nas redes, e hotéis, com bons sistemas como o Bebook RMS e BI. Para chegarmos a esse patamar de data science precisamos de profissionais formados, com visão de tecnologia com volume de dados, modelagens matemáticas interagindo em times multidisciplinares, além da maior valorização desses colaboradores”, acrescenta o CEO.

“O dado em si é apenas o registro de uma medida. Já os dados relacionados geram informações, que relacionadas geram conhecimento e assim geram sabedoria, consolidando o capital intelectual em uma empresa. Toda essa repetição analítica é factível em ambiente digital e automatizável. O que ainda não é real é a capacidade da máquina de navegar em cenários adversos. A automação vai substituir o trabalho, mas nunca o ser humano”, finaliza Penna.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Bebook