Brasil é destaque em recuperação global do RevPar em 2023, diz STR
29 de janeiro de 2024Para a maioria dos mercados, 2023 foi de fato o ano da consolidação da retomada. De acordo com levantamento realizado pelo STR e divulgado no Hospitality Net, 85% dos mercados globais atingiram RevPar superior a 2019 no ano passado, apontando que a maioria se recuperou dos prejuízos trazidos pela pandemia. A pesquisa mostra que, entre os países com 50 mil quartos, Brasil, Grécia, Colômbia, Itália e Irlanda lideraram o crescimento na comparação com o pré-pandemia.
Em uma base real, Singapura e Suíça também foram destaque. A maioria dos países manteve níveis relativamente elevados não só no RevPar, mas também na diária média e ocupação ao longo do ano. Em termos de demanda, a Irlanda liderou todos as nações no grupo com 50 mil UHs, chegando a 80%. O Reino Unido ficou em segundo lugar, com 78%. A França, por sua vez, registrou a diária média mais alta, com US$ 277. A Suíça vem em seguida, com US$ 260.
A tendência do RevPar impulsionado pela alta da diária média continuou em 2023, com 46 países registrando ganhos significativos no indicador, enquanto na ocupação o incremento aconteceu em apenas 12 países, com Colômbia e Arábia Saudita liderando o crescimento, com 5% e 6%, respectivamente.
Outros dados
Por outro lado, ainda existem seis países onde os níveis de RevPar ficaram abaixo de 2019: China, Vietnã, Filipinas, Dinamarca, Suécia e Finlândia. A China, país com maior oferta de quartos, reportou RevPar 3% abaixo de 2019, enquanto o Vietnã apresentou o declínio mais significativo, de 23%.
Embora o crescimento do RevPar na maior parte do mundo tenha sido liderado pelo ganho de diária média, com a inflação como fator contribuinte, vale a pena destacar quais mercados ganharam em ocupação em relação a 2019. No geral, cerca de 37% dos mercados tiveram incremento no indicador.
Excluindo as áreas provincianas e os mercados nacionais, os cinco melhores desempenhos em termos de ocupação foram registrados em Chongqing, Sanya, Rio de Janeiro, Calgary e Bogotá. Estes mercados registraram altas de ocupação entre 8% e 14%. Os viajantes domésticos parecem impulsionar o crescimento das cidades, uma vez que os locais mencionados acima não são os principais destinos dos viajantes internacionais.
Chongqing e Sanya, por exemplo, se beneficiaram significativamente do crescente apetite por viagens domésticas na China. Com o impacto da pandemia já no passado para a maior parte do mundo, o foco para as atualizações globais dos mercados serão as comparações ano a ano.
(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News
(**) Crédito dos infográficos: Divulgação/STR