Diversificação é a palavra de ordem na Aviva. Detentora de três destinos (Costa do Sauípe; Hot Park e Rio Quente Resorts), a companhia entra em uma nova fase, orientada por um plano bilionário de investimentos em produtos, renovações, expansão e novas frentes de negócios.

Até 2028, a Aviva pretende desembolsar R$ 1,2 bilhão em seus três empreendimentos. Nas palavras de Edson Cândido, diretor de Marketing e Vendas que retornou ao grupo no final do ano passado, os planos são ousados e bem estruturados. “É uma prática de gestão atuar com ciclos de cinco anos. Assim, podemos ter dimensão de crescimento. E faltava a retomada desse planejamento depois da pandemia”, conta.

Na mira dos aportes da companhia, o Hot Park vem recebendo melhorias estruturais, como a abertura de novos pontos de vendas, como o restaurante temático Rangará, que movimentou R$ 13 milhões em investimentos.

Cândido explica que o Hot Park terá uma mudança específica no ciclo de cinco anos. A Aviva passará a posicionar o parque aquático como um destino independente e não como um atrativo do Rio Quente Resorts. Para consolidar a transformação, a companhia está realizando um trabalho de branding para vender o empreendimento de forma individual. “É um movimento que começará agora, após o Carnaval”, revela o diretor.

A transição começou com o Maraé, restaurante do Hot Park que recebeu o aporte de R$ 6 milhões. O espaço gastronômico, com conceito a la carte, iniciou a evolução da proposta de A&B (Alimentos & Bebidas) do parque aquático. “Um ponto que estávamos bastante de olho era a melhoria da experiência gastronômica no Hot Park. Sabemos que as pessoas param para comer um lanche ou tomar um sorvete, mas ainda assim, gostaríamos de oferecer uma experiência de primeira linha”, diz o executivo.

No ano passado, o Hot Park recebeu 430 mil visitantes e, em 2024, a meta é passar dos 470 mil. Segundo o diretor, o parque aquático tem capacidade para acomodar 6 mil pessoas por dia, mas a Aviva trabalha com o máximo de 4 mil visitantes diários. “Quando passa disso, é difícil entregar a qualidade que queremos e há o risco de impacto na experiência”.

Edson Cândido

“Plano é ousado”, avalia Cândido

Ciclo de renovações

Em Goiás, o ciclo de renovações não deve terminar tão cedo. A Aviva possui um plano de melhorias em seus hotéis entre sete e 10 anos. Agora focada em design, a empresa planeja valorizar ainda mais a estética de seus empreendimentos.

“Começamos com a atualização do Hotel Pousada. O hotel não está fechando, as renovações ocorrem por blocos e começamos pelas unidades Standard, que alojam até dois hóspedes”, revela Cândido, que salienta que a meta é que o cliente perceba valor também quando está dentro das acomodações.

O próximo passo é a atualização do Hotel Turismo, que deve acontecer entre 2024 e 2027. “Além disso, o Hotel Giardino também está no radar. Por se tratar de um empreendimento de poolistas, teremos um trabalho de negociação a ser feito com os proprietários”, avalia o diretor.

Para completar, o Luupi recebeu atualizações durante a pandemia, enquanto o Cristal está em processo de manutenção. “O Cristal tem ocupação de 98% ao longo do ano, e apesar de ser maravilhoso por ser consolidado, isso gera um desafio na hora de fazermos pausas técnicas para realizar essas mudanças”, avalia Cândido.

InCasa Residence Club

Como uma estratégia de diversificação de produto, a Aviva atua também com marcas secundárias dos seus principais destinos. São nestes negócios adicionais que a empresa aposta sua expansão. O InCasa Residence Club está na ponta desse projeto, com proposta de timeshare com entrega ultra personalizada.

“O cliente compra o modelo fracionado por duas semanas no ano e tem direito de utilizar o empreendimento por 25 anos. Também teremos uma multipropriedade na Costa do Sauípe que faz parte dessa segunda camada de negócios”, pontua o executivo.

Em Goiás, o empreendimento oferece área de lazer privativa, com spa, empório, bar, restaurante, fitness center, entre outras comodidades. “Vamos aprendendo sobre esse modelo, até com o processo de venda. Estamos falando de um tíquete alto, de R$ 400 mil, por uma experiência de duas semanas ao longo de 25 anos, e depois replicamos o modelo”.

Quando consolidado, a Aviva pretende expandir o projeto para outros destinos. “A ideia é ter um InCasa na Bahia, em outra região do Nordeste, um no Sul, e por aí vai. Vamos conversar com o mercado e entender quais possibilidades existem, avaliando a aderência”, explica.

A previsão é que 20 residências do InCasa sejam entregues em 2025. Ao todo, o projeto prevê 40 casas em Rio Quente. Os clientes terão acesso a um aplicativo, responsável pela interação de serviços, como agendamento de tratamentos no spa, solicitação de chef em casa, compras no empório, entre outras comodidades. No total, serão investidos R$ 200 milhões.

Costa do Sauípe

Enquanto o Hot Park de Rio Quente abre caminho para um novo posicionamento de marca, a Costa do Sauípe ganhará a versão baiana do parque aquático. “Conforme vamos construindo o parque e Sauípe, vamos fazer as tematizações do parque de Rio Quente. tematizar o Hot Park e dividi-lo em três ilhas, com todo um storytelling educativo com um posicionamento novo da Turminha da Zooeira”, conta Cândido.

Ainda em 2024, a Aviva pretende apresentar as mudanças no complexo baiano, como a reforma da ala Sol. Para 2026, as alas Mar e Terra serão modernizadas. “Em 2027, quando o parque estiver finalizando sua estrutura, pretendemos inaugurar a nova Sauípe com todos os empreendimentos renovados”, adianta o diretor.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Aviva