No terceiro trimestre deste ano, a Choice Hotels observou aumento de 15,2% no RevPar em relação ao mesmo período de 2019. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento de diária média em 15,1% na mesma base comparativa. De acordo com Patrick Pacious, CEO da rede, a aquisição do Radisson Hotels Americas também contribuiu com o resultado positivo, melhorando a posição competitiva da Choice Hotels e elevando o potencial de crescimento futuro, aponta o Hotel Management.

Além disso, a receita total no período foi de US$ 414,3 milhões, frente ao terceiro trimestre do ano passado. O resultado representa aumento de 28%. Dessa cifra, o Radisson Hotels Americas responde por US$ 40,2 milhões. O relatório da Choice Hotels também aponta que o lucro líquido foi de US$ 103,1 milhões.

“Espera-se que do Radisson Hotels Americas forneça à empresa incremento significativo no lucro, após sua integração total, que deverá acontecer no início de 2024”, afirma Pacious em relação à contribuição do Radisson nos números da Choice Hotels.

Já o Ebitda Ajustado atingiu US$ 139,4 milhões, sendo US$ 6,8 milhões creditados ao Radisson. Até o final do ano, a rede espera que o indicador varie entre US$ 465 milhões e US$ 470 milhões. Os royalties domésticos do terceiro trimestre, por sua vez, totalizaram US$ 131,7 milhões, aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2021. As receitas de serviços de aquisição aumentaram 11%, atingindo US$ 14,4 milhões, na mesma base comparativa.

Por fim, o pipeline – que contava com 969 hotéis até 30 de setembro – aumentou 5,4% e 5,5%, respectivamente, em 30 de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, a Choice Hotels pagou aproximadamente US$ 40 milhões em dividendos.

Reposicionamento

A aquisição do Radisson Americas parece ter sido uma declaração de intenções pós-pandemia da Choice Hotels. O acordo de US$ 675 milhões ajudará a reposicionar o portfólio da empresa, voltando o foco para o mercado de luxo, revela o Skift.

“A adição de aproximadamente 60 mil quartos domésticos do Radisson Americas – abertos ou em desenvolvimento – no final do terceiro trimestre marca o próximo capítulo na trajetória de maior RevPar da Choice”, diz Dominic Dragisich, diretor financeiro da Choice Hotels.

Pacious reforça que a estratégia geral da rede é crescer em segmentos que estão em evidência, neste caso os empreendimentos upscale. Com a adição do portfólio do Radisson, a Choice ganha 68 mil novos quartos, quase metade deles de alto padrão, enquanto o restante está principalmente no segmento midscale.

Por outro lado, a mudança não é isenta de riscos. As viagens estão se recuperando, mas as perspectivas são limitadas devido à turbulência econômica. Assim, propriedades de luxo podem ser mais afetadas se a inflação e o crescimento econômico abaixo da média persistirem por anos.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Choice Hotels