Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), janeiro de 2021 foi o mês mais positivo para o setor aéreo desde o início da pandemia. Se em 2020 a demanda doméstica caiu quase 50%, agora a quantidade de passageiros de voos nacionais foi de 6,09 milhões, maior volume registrado desde março do ano passado.

O levantamento da Anac mostra que o percentual médio de ocupação de aeronaves no mercado doméstico em janeiro de 2021 foi de 81,7%, redução de 4,4% em relação ao ano passado. No apurado dos últimos 12 meses, a taxa foi de 79,2%.

Mesmo com os bons números de janeiro de 2021, o setor ainda segue enfrentando desafios. Nos últimos 12 meses, foram transportados 42 milhões de passageiros domésticos, número inferior ao registrado no mesmo período de 2020.

Apesar da melhora, a malha aérea continua inferior ao período pré-pandemia, afetando muitos destinos que dependem de voos para se recuperarem, como é o caso do Acre, por exemplo.

Anac: apoio governamental

Desde o início da pandemia, o governo federal atuou para reduzir os efeitos da Covid-19 no turismo, protegendo os seus trabalhadores e os turistas. As ações envolveram iniciativas como a Medida Provisória 936, que permitiu a flexibilização de salários e jornadas de trabalho; a MP 948, que regulamentou as relações de consumo no segmento, e a MP 963, que garantiu R$ 5 bilhões à concessão de empréstimos por meio do Fungetur (Fundo Geral do Turismo).

O Ministério do Turismo também lançou o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, que já conta com mais de 26 mil adesões. Trata-se de uma sinalização visual que identifica estabelecimentos e guias de turismo que assumiram, declaradamente, o compromisso em adotar protocolos de biossegurança para proteger turistas e trabalhadores contra a Covid-19. E, desta forma, possibilitar que a retomada das atividades turísticas ocorra de forma mais segura no Brasil.

O selo está disponível para 15 atividades turísticas, como meios de hospedagem, parques temáticos, restaurantes, cafeterias, bares, centros de convenções, feiras, exposições, guias de turismo, dentre outros. Cada segmento possui um protocolo sanitário específico, elaborado em parceria com empresas e instituições ligadas ao setor (trade), a partir de diretrizes internacionais. Também há um protocolo destinado exclusivamente aos turistas, com atitudes de cada um que protegem a todos. Os documentos foram validados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

(*) Crédito da foto: Arquivo MTur