As férias de julho ainda não terminaram, mas já é possível mensurar o impacto positivo que o período terá na hotelaria brasileira. Um levantamento realizado pela ABIH Nacional ( Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) revela a expectativa de ocupação dos meios de hospedagem para o mês, reforçando a continuidade da recuperação do setor em todas as regiões do país.

“Estamos vendo bons índices de ocupação em todo o país. Nossa expectativa agora é que a procura por hospedagem permaneça em alta até o final do ano”, afirma Manoel Linhares, presidente da entidade.

No Nordeste, Pernambuco e Ceará lideram com cerca de 70% de ocupação, seguidos de perto pelo Piauí, com 69%, Paraíba, com 68%, Alagoas, com 67%, e Bahia, com 65%. No Maranhão, a expectativa é atingir 63%, Rio Grande do Norte 52% e Sergipe 42%.

Na região Sudeste, as cidades históricas de Minas devem chegar a 85%, enquanto Belo Horizonte tem previsão de ter 65% dos seus quartos ocupados. Em São Paulo, a ocupação média, no interior do estado, fica na casa dos 80%. Já nos destinos do litoral, a taxa presumida oscila entre 40% e 45%. No Rio de Janeiro, o índice ficará em torno de 70%, enquanto no Espírito Santo, 65%.

De acordo com a ABIH Nacional, Gramado e Bento Gonçalves são os destaques nessa época do ano no Rio Grande do Sul, ambas devendo chegar até o final das férias com média de 80% de ocupação, enquanto na capital, Porto Alegre, a expectativa é que esse índice fique em torno de 50%. Já no Paraná, segundo a pesquisa, a ocupação deve chegar a 75% nas cidades turísticas.

Centro-Oeste e Norte

No Centro-Oeste, destinos tradicionais nessa época do ano, Caldas Novas e Aruanã, em Goiás, estão com 100% de ocupação. Pirenópolis deve alcançar 80% no período. Em Goiânia, os números estão em torno de 60%, estimulados principalmente pelo turismo de compras e de negócios. Mato Grosso e Tocantins, com 65%, Distrito Federal com 55%, Mato Grosso do Sul, com 50%, completam o cenário da região. Nos estados do Norte, o destaque fica para o Acre, com 70%, seguidos pelo Amapá e Pará, com 65% dos quartos comercializados no período.

“Precisamos aproveitar esse momento de crescimento nos índices de ocupação hoteleira pelo país, quando fica evidente a importância econômica do setor, para junto com as autoridades em todos nos níveis – municipal, estadual e federal – trabalharmos para encaminhar diversas questões para que o turismo possa ter melhores condições de desenvolver suas enormes potencialidades no Brasil”, completou Linhares.

(*) Crédito da foto: santtd/Pixabay