Como esperado, maio foi difícil para a hotelaria de Salvador. No mês, entre os poucos hotéis abertos, a ocupação ficou acima de abril, mas ainda assim o RevPar. Segundo a ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia), o indicador teve o valor absoluto mais baixo da série histórica medida pela entidade.

Indo para os dados em si, a ocupação fechou maio a 15,4%, queda de 68,98% frente igual período de 2019. Já o RevPar tombou 75,51% na mesma base de comparação, a R$ 32,59. Já a diária média chegou a R$ R$ 210,88, que permaneceu relativamente está em relação a abril (R$ 210,38).

O perfil de hóspedes desses hotéis abertos tem pouco a ver com o turista tradicional. Segundo a ABIH-BA, os clientes são predominando trabalhadores de empresas de serviços essenciais, como companhias aéreas, serviços de saúde, limpeza e farmacêuticas. Outra clientela presente foram moradores de áreas adensadas que buscam alternativas para passar a pandemia.

ABIH-BA - resultados abril 2020_Luciano LopesLopes: setor precisa se reinventar durante o período de retomada

ABIH-BA: ações em curso

Na avaliação de Luciano Lopes, presidente da entidade, o turismo no Brasil sempre foi muito dependente do transporte aéreo. Para ele, a pandemia impõe a necessidade do setor repensar um pouco neste aspecto, reinventando-se. Em paralelo, revela, os poucos hotéis abertos têm investido fortemente em medidas de higiene e segurança.

“Juntamente com a prefeitura da capital e outros setores do trade, a ABIH-BA vem discutindo recomendações para a implantação de um selo sanitário para a hotelaria”, afirma. “Estamos empenhados em evitar uma degradação ainda maior do segmento e lutaremos constantemente para a manutenção dos empregos e sustentabilidade dos negócios”, finaliza.

(*) Crédito da capa: William Freitas/Unsplash

(**) Crédito da foto: Divulgação/ABIH-BA