A hotelaria segue mudando. Dia a dia, principalmente após a crise sanitária qu atingiu o mundo nos últimos anos, novas tendências surgem e apontam o setor para novas direções, revela o Skift. Por isso, é importante que os hoteleiros estejam sempre atentos a essas novas tendências, se quiserem elevar indicadores e proporcionar novas experiências aos hóspedes.

O primeiro ponto é: os hotéis precisam de mais voz. A indústria hoteleira é extremamente importante para o crescimento global, e os líderes do setor precisam começar a agir como tal. A hotelaria, de acordo com o WTTC (World Travel & Tourism Council), criará, junto com o setor de motéis, 126 milhões de empregos até 2032. Isso representa um em cada cinco novos empregos em todo o mundo.

No entanto, a voz do setor hoteleiro não é tão ouvida quanto deveria. Os líderes têm coisas a dizer sobre vistos de viagem, infraestrutura, segurança de dados, tributação, entre outros assuntos.

Outros questionamentos

De onde virá o crescimento? os grupos hoteleiros têm muitas fontes possíveis de crescimento, mas quais estão sendo prioridade? Marriott, Hilton e Hyatt, por exemplo, dobraram a aposta em estadas prolongadas este ano, com novas marcas. Christopher Nassetta, CEO da Hilton, disse que a rede se concentrará no mercado intermediário por que “é onde será ganho mais dinheiro nos próximos 10, 20 ou 30 anos”, embora a empresa não negligencie o segmento de luxo.

A IHG Hotels & Resorts, por sua vez, acaba de lançar a marca Garner, focada em conversões. No entanto, os hotéis boutique e lifestyle recebem grande atenção do público nas redes sociais e na grande mídia, ao mesmo tempo em que investidores parecem estar mais entusiasmados com marcas ultraluxuosas.

Geograficamente, onde está o crescimento? A Marriott fez pelo menos uma aposta na América Latina com a aquisição da City Express. Já a Hilton planeja 730 novos hotéis na China ao longo de uma década. Blackstone, KKR e Goldman estão investindo no Japão, e a Arábia Saudita e os Emirados Árabes também aparecem como grandes mercados.

Acerto de contas com IA: os hotéis têm usado inteligência artificial para informar como definem as tarifas dos quartos há anos. Porém, a explosão de interesse em IA generativa como o ChatGPT destacou outros usos potenciais. As primeiras possibilidades incluem responder de forma mais eficaz às perguntas dos hóspedes, responder às avaliações online, criar textos de marketing com mais sucesso e desenvolver cardápios para os restaurantes.

Retorno das viagens de negócios: quanto as viagens corporativas retomarão o volume do período pré-pandemia? Isso é de grande interesse para alguns hoteleiros, especialmente aqueles com propriedades urbanas que dependem da demanda corporativa para ser rentáveis.

De acordo com a GBTA (Global Business Travel Association), o volume das viagens de negócios está pelo menos 30% abaixo do pré-pandemia. A recuperação total do setor hoteleiro da pandemia exige uma recuperação nas viagens corporativas. Quando isso acontecerá?

Taxas indesejadas: nesse contexto, a hotelaria está copiando o manual das companhias aéreas, ensinando o público a aceitar taxas para serviços que anteriormente eram gratuitos. O problema é: algumas dessas taxas de hotéis não são opcionais, e isso pode comprometer diretamente a experiência do hóspede.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News