Hoje (9), os executivos da startup Xtay, que estreou em Curitiba recentemente, convidaram o Hotelier News, outros veículos e influenciadores para apresentar o modelo de negócio e os planos de expansão. O encontro, em formato de coquetel, aconteceu no Terraço Oscar Freire, em São Paulo. A propriedade é a nova flagship da Xtay, ou seja, é a unidade modelo que a proptech pretende levar aos próximos empreendimentos. 

“Nosso objetivo é trazer o conceito de hospedagem para a residência, com uso de tecnologias digitais. Afinal, a Xtay não é uma rede hoteleira, mas uma plataforma que une as pontas: proprietário/investidor, hóspede e os serviços de hospedagem”, explica Gabriel Fumagalli, sócio e CEO da Xtay.

Todo o processo de hospedagem, comunicação, check-in e check-out, solicitação de serviços são realizados por meio do aplicativo da Xtay. Por conta disso, o público da startup costuma ser de pessoas com idade inferior a 45 anos. Para atrair esse perfil de cliente, a empresa conta com diversas parcerias de divulgação, incluindo OTAs, como Booking e Expedia, além do Airbnb.

Flagship

Todos os apartamentos do Terraço Oscar Freire fazem parte do portfólio da startup, mas isso não é regra para a expansão da Xtay. “Não é estritamente necessário que seja o edifício inteiro, mas preferimos. Também incorporamos blocos, sendo 15 o número mínimo de apartamentos que temos que incorporar para iniciar um negócio em uma propriedade”, conta Fumagalli.

Gabriel Fumagalli

Fumagalli: propriedade é modelo para expansão

O diferencial do modelo de negócio reside no conceito híbrido que mistura residência com hotelaria. Isso quer dizer que, embora não configure uma locação tradicional, o hóspede conta todos os elementos necessários para se hospedar por longas durações, como fogão por indução, forno, microondas, frigobar e enxoval que inclui louça, roupas de cama e toalhas, além da lavanderia e academia externas. “Ainda que seja o proprietário que pague pelos itens, é tudo padronizado por nós para que seja de fácil e rápida substituição”, afirma Fumagalli.

O mesmo vale para os móveis. “Os hotéis costumam investir em mobiliário resistente, que dure mais de 10 anos. Quando esse tempo passa, fica claro que as peças são antigas”, opina Fumagalli. “Aqui, temos móveis de qualidade, mas que nos permitem trocar facilmente a cada dois ou três anos. Assim, os quartos sempre guardam aquele sentimento de novidade e mantêm um aspecto mais arejado”, acrescenta o executivo.

São quatro apartamentos de plantas diferentes para cada um dos oito andares do Terraço Oscar Freire. Os empreendimentos variam de 30 a 60 metros quadrados, com tarifas dinâmicas a partir de R$ 320, excluindo a taxa de limpeza fixa de R$ 130, e não incluem café da manhã. As menores costumam ser studios, mas as maiores podem ter até dois quartos e varanda, com capacidade para três pessoas.

O serviço de limpeza pode ser solicitado pelos hóspedes a qualquer momento, pelo mesmo valor e é realizado por um fornecedor homologado. “Além da limpeza, fazem a troca de enxovais, o que exige um depósito no edifício. Quando não é possível ou o condomínio não permite, às vezes temos uma porta extra nos apartamentos para estoque, ou seja, varia de cada propriedade e do investidor”, finaliza Fumagalli.

(*) Crédito das fotos: Matheus Alves/Hotelier News