De volta aos patamares alcançados em 2019, antes do isolamento pandêmico, a demanda por passagens aéreas parece ter se normalizado. Apesar da alta procura, os preços continuam aumentando e entidades públicas e privadas vêm tentando contornar o problema com ações como o Voa Brasil. Ontem (9), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o lançamento do programa deve ocorrer na primeira quinzena de fevereiro, informa o G1.

A ação consiste em disponibilizar passagens aéreas para destinos nacionais, por até R$ 200, para aposentados e alunos do ProUni (Programa Universidade para Todos). “A gente está trabalhando para que, no começo de fevereiro, aquele que entrar no site do Voa Brasil já ter acesso à disponibilidade da compra de passagem”, diz Costa Filho. “Por isso queremos, já no dia do anúncio do presidente, possivelmente na primeira quinzena de fevereiro, já ter isso pronto para o brasileiro aposentado e o aluno do Prouni ter acesso ao programa”, complementa.

O ministro declarou que o programa beneficiará mais de 20,8 milhões de aposentados do INSS que recebem até dois salários mínimos. Adicionalmente, aproximadamente 600 mil estudantes do ProUni terão a oportunidade de adquirir passagens através do Voa Brasil. “Essa é a primeira etapa do programa. A partir daí, se o programa funcionar, a gente vai tentar cada vez mais, ao lado das companhias aéreas, ampliar a ação. Mas a gente não teria possibilidade de, como Estado brasileiro, ampliar o programa para outros segmentos da sociedade”, revela.

Passagens aéreas no contexto pós-pandemia 

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) relata que 2023 marcou o primeiro ano, desde 2019, em que a aviação civil brasileira movimentou mais de 100 milhões de passageiros. Em 2019, o setor registrou um recorde histórico, com 119,4 milhões de passageiros transportados no Brasil.

De janeiro a novembro do ano passado, as companhias aéreas transportaram 102,6 milhões de passageiros no país, de acordo com a Anac, ultrapassando o total de 2022, que registrou 97,6 milhões de passageiros, divulga O Globo. Apesar disso, a volatilidade nos preços do querosene de aviação e os atrasos nas entregas de novas aeronaves continuam a ser desafios significativos.

(*) Crédito da foto: Eduardo Anizelli/Folhapress