Os gastos com viagens corporativas globais estão caminhando para uma recuperação total dos níveis de 2019 até 2024 ou 2025, aponta levantamento da Deloitte. A pesquisa mostra que os altos custos, aliados às preocupações climáticas, justificam a projeção e, no momento, mantêm o volume dessas viagens mais baixo em relação ao índice pré-pandemia, diz o Phocuswire.

O estudo, realizado de 7 a 23 de fevereiro e composto por gerentes de viagens corporativas de diversos países, mostrou que o volume de gastos deve atingir cerca de 57% dos níveis de 2019 ainda no primeiro semestre de 2023 e aumentar para 75% até o final do ano, como já adiantado pela GBTA (Global Business Travel Association).

O crescimento, por outro lado, está acontecendo em meio a um ambiente de tarifas aéreas e diárias mais altas, o que significa que o número real de viagens corporativas está diminuindo. Por isso, a recuperação total parece possível até o final de 2024, mas o mercado ainda permaneceria cerca de 10% a 20% abaixo dos níveis pré-pandêmicos, contabilizando a inflação, de acordo com o relatório da Deloitte.

Fornecedores focam no relacionamento a longo prazo

Mesmo com o ambiente de negociação mais difícil com os fornecedores, a maioria dos compradores de viagens corporativas disse estar satisfeita com seus resultados. “Na maioria das regiões, os compradores de viagens geralmente acreditam que os fornecedores estão adotando uma visão de longo prazo de seus relacionamentos, ao invés de pressionar sua vantagem no momento”, aponta o relatório.

Além disso, os compradores destacaram que não estão limitando a frequência de viagens corporativas, mesmo com custos mais altos. Ao invés disso, estão pedindo aos viajantes que reservem voos e hotéis mais baratos.

Por fim, o levantamento da Deloitte mostra que as iniciativas de sustentabilidade irão contribuir consideravelmente para a recuperação das viagens. O relatório mostra que mais de 40% dos compradores estão trabalhando para reduzir seu impacto ambiental por meio da política de viagens corporativas.

(*) Crédito da capa: Briana Tozour/Unsplash