Natural de São Paulo, Rodolfo Vieira construiu boa parte de sua carreira na capital paulista. Aos 39 anos, o gerente geral de Gastronomia da Aviva possui mais de duas décadas de experiência no setor hoteleiro, com vivências no Brasil e EUA.

Formado em Nutrição, Gastronomia, Hotelaria e Engenharia de Produção, Vieira ainda conta com especializações, como o MBA em Gestão Empresarial, pós-graduação em Marketing Digital, além de estar cursando um MBA em Inteligência Artificial e Data Science na PUC-RS.

Em sua trajetória profissional, o executivo atuou com gestão de contratos, desenvolvimento de novos negócios, auditorias, gestão de mudanças, produtos e processos. “Minha paixão é impulsionar o desenvolvimento de profissionais, integrando conceitos avançados de gastronomia, gestão, negócios e marketing de experiências”, conta.

Em seu tempo livre, Vieira afirma que uma de suas paixões é cozinhar — alinhando seu ofício a um hobbie. Apaixonado por adrenalina, o profissional também é adepto de trilhas, escaladas e musculação.

Três perguntas para: Rodolfo Vieira

Hotelier News: A Aviva vem investindo em gastronomia, como a abertura de restaurantes temáticos no Hot Park. Qual a estratégia por trás desses aportes? Atualmente, qual a expressividade do A&B dentro da receita da empresa?

Rodolfo Vieira: Hoje, a gastronomia representa a segunda maior receita entre as áreas de negócios da Aviva. A estratégia por trás dos investimentos que vêm acontecendo é multifacetada. Um dos objetivos dos aportes que a Aviva realizou em sua área de A&B é continuar a reestruturação gastronômica e integrar cada vez mais este serviço com a cultura de entretenimento total da companhia, esta “fusão” de gastronomia e entretenimento pode ser traduzida justamente nos dois recentes restaurantes temáticos do Hot Park, que muito mais que alimentos e bebidas, proporcionam uma vivência lúdica e contam uma história para as pessoas que os visitam. O Maraé foi inaugurado em maio do ano passado e oferece um momento inspirado em elementos litorâneos e da cultura havaiana, proporcionando uma experiência praiana em meio ao Cerrado, já o Rangará foi inaugurado em dezembro de 2023 e é inteiramente tematizado com elementos da Turminha da Zooeira, que tem personagens lúdicos de animais brasileiros que educam social e ambientalmente as pessoas e são a alegria da criançada. Junto ao Rangará, também lançamos em cobranding com a Frutos do Goiás o Picolara, um picolé de uva da Arara Lara da Turminha, que, no storytelling que temos, é a maior “frutóloga” do Brasil!

A área de A&B tem relevância sim na receita da empresa, considerando que é um serviço atrelado a experiência do hóspede, tanto em Costa do Sauípe por meio do all inclusive, como no Rio Quente Resorts por meio do sistema de meia pensão. A gastronomia está inserida nas estratégias para aumento de diária média. Por exemplo, iremos renovar alguns cardápios e layouts de restaurantes este ano, além de estruturar sistema de churrasco e grelhados, a fim de gerar mais receita para a Aviva.

HN: Para 2024, a expectativa é de equilíbrio na demanda de lazer. Com um calendário escasso de feriados, o volume de clientes pode recuar nos próximos meses. Como a gastronomia pode auxiliar no faturamento perante esse cenário?

RV: A gastronomia pode influenciar proporcionando justamente um diferencial na experiência da pessoa que se hospeda nos destinos da Aviva. Além de toda a hospitalidade, opções de lazer como as atrações do parque aquático, spa e academias; e atividades tematizadas, que tornam a vivência de quem se hospeda no Rio Quente Resorts ou Costa do Sauípe singular, a gastronomia revitalizada e com opções especiais como o Baêa, que traduz toda a baianidade por meio de uma imersão cultural gastronômica ou o Rangará, que oferece uma experiência lúdica inspirada nos personagens da Turminha da Zooeira, um lugar ideal para qualquer pessoa, mas mágico para as crianças.

Estes atributos que evidenciamos cada vez mais em nossos serviços, com certeza são um diferencial para que as pessoas escolham nossos destinos, o que consequentemente, impacta no faturamento da empresa, considerando que a área de gastronomia é responsável pela segunda maior receita entre as áreas de negócio da companhia.

HN: Fazer mais com menos é um dos aprendizados da crise. Porém, se tratando de gastronomia, é preciso cuidado. Como a Aviva conseguiu otimizar seus processos, reduzir custos e elevar a rentabilidade sem afetar a entrega?

RV: Conseguimos otimizar os processos por meio de uma gestão cada vez mais atenta a cada passo, podemos tangibilizar isso pela CPDA (Central de Produção de Alimentos) do Rio Quente, que produz toda a comida dos hotéis do complexo, ou a própria horta que é responsável pela produção entre 85% e 100% das folhas e vegetais consumidos. Além disso, na Costa do Sauípe, também temos cozinhas de produção separadas, que abastecem os empreendimentos do complexo, que possuem as mesmas métricas de qualidade da CPDA do Rio Quente.

Ao centralizarmos boa parte dos processos internamente, conseguimos analisar melhor os dados de produção e de qualidade e com isso projetar possibilidades que otimizam cada vez mais o serviço, o que impacta na rentabilidade e velocidade da entrega.

Além disso, com esta autonomia, conseguimos garantir que cada etapa estará de acordo as diretrizes de nossa Agenda ESG, que por meio de 16 temas prioritários, orienta nossas atividades de forma sustentável e inteligente.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Aviva