Cássio Hosken gosta de viajar sempre que tem oportunidade, além de reunir os amigos e família em churrascos. O gerente geral do Radisson Blu Belo Horizonte também é um grande fã de música, mais precisamente rock n’ roll, tendo Eric Clapton, Rolling Stones e Sting como alguns dos seus artistas favoritos. Além disso, o executivo é um grande entusiasta de filmes de ação e suspense.

Hosken é formado em Turismo pela Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e possui MBA em Gestão Estratégica de Negócios pelo Centro Universitário UNA. Ao longo da carreira, ele já teve passagens pelo Royal Savassi Hotel, Blue Tree Hotels e Atlantica Hospitality International e é gerente geral do Radisson Blu Belo Horizonte desde 2019.

Convidado pelo Hotelier News na sessão de hoje (16), Hosken falou sobre os desafios do setor hoteleiro da capital mineira nesse período de retomada de atividades.

Três perguntas para: Cássio Hosken

Hotelier News: Quais são as expectativas para este período de retomada?

Cássio Hosken: A aceleração do processo de vacinação no país e no mundo inteiro foi um fator determinante para o retorno gradual das atividades hoteleiras. Com isso, as expectativas para esse último bimestre de 2021 e início do próximo ano são positivas. O ponto mais importante agora, para a maioria dos empreendimentos, é buscar adequar seus custos e criar receitas para diminuir os prejuízos acumulados em 2020/2021. O setor de eventos, principalmente, em 2022 virá forte e contribuirá para a consolidação do mercado e geração de receitas.

HN: Houve alguma alteração no perfil do público durante o período de restrições? Se sim, quais os impactos que esta mudança pode trazer durante a retomada das atividades?

CH: O cliente está cada vez mais exigente no que se diz respeito às exigências sanitárias, cobrando – e com razão – dos empreendimentos um alto nível de limpeza e implementação dos protocolos de segurança para o controle da pandemia do Covid-19. Em relação à experiência de consumo, existe também uma certa expectativa, por parte do cliente, de ser surpreendido pelo hotel, seja com um presente de boas-vindas ou com um upgrade no momento do check-in. Diante desse contexto, é pertinente entendermos que o atendimento a esse público deve ter alguns elementos importantes que devem permanecer mesmo após o fim da pandemia, como: agilidade, comodidade e personalização. Espera-se que a pandemia tenha um impacto sério e duradouro no setor de hospitalidade em curto prazo. É necessário trabalhar nas pequenas modificações que geram grandes resultados, onde o menos é mais, ou seja, fazer a diferença sem gastar muito.

HN: Qual a situação do corporativo em Belo Horizonte? O que pode ser feito de forma criativa para elevar a receita do hotel?

CH: O segmento está voltando aos poucos, com uma demanda mais pulverizada de hospedagem e eventos por parte das empresas nesse segundo semestre de 2021. Em relação ao público internacional, a procura ainda está tímida, mas existe, o que é um sinal positivo para nós.

A base do turismo e da hotelaria sempre será o atendimento humanizado. Isso é mais do que tratar seus hóspedes de maneira positiva e respeitosa. É, antes de tudo, um atendimento personalizado que faz com que cada hóspede se sinta realmente especial. Com isso, oferecendo uma experiência única, é grande a chance de obter fidelização e de que ele comente ou recomende seu hotel para outras pessoas. O acolhimento é um padrão de serviço da hotelaria que agora precisa ter mais atitude e calor humano para recuperar a confiança no mercado do turismo. Significa que neste momento é preciso a aprender a sorrir com os olhos, já que o uso de máscaras se tornou obrigatório devido aos protocolos de sanitização.

(*) Crédito da foto: Arquivov pessoal