Existem diversos elementos a serem considerados no processo de criação e lançamento de uma nova bandeira hoteleira. Um exemplo é a identificação de qual segmento de cliente ela atenderá, o esclarecimento de por que atrai os proprietários e a definição da personalidade para o marketing. Entretanto, o gerenciamento da cadeia de fornecedores costuma ficar bem abaixo na lista. Para Anu Saxena, presidente global da HSM (Hilton Supply Management), contudo, essa dinâmica mudou com o lançamento de sua mais recente marca, a Spark by Hilton.

Segundo o CoStar, o grupo esteve envolvido nos primeiros estágios de planejamento para a bandeira de conversão econômica, que marca a estreia da Hilton no segmento. “Começamos toda a criação e ideia da marca com a cadeia de fornecedores em mente e como a HSM pode ajudar todos os pilares da marca a ganhar vida desde o início”, conta a executiva.

Ela aponta ainda que o padrão são os especialistas em compras entrarem mais tarde no processo de design para ajudar na “engenharia de valor” e no controle de custos. “Mas não foi o caso desta vez”, pontua Anu. “Começamos desde o início, com um produto de engenharia de valor. Então o preço, o componente de preço e a velocidade de lançamento no mercado foram algo que trouxemos para a mesa desde o início”, explica.

Atualmente, o fornecimento de materiais e móveis é um dos maiores desafios para qualquer retrofit ou construção de hotel. Por este motivo, o trabalho da HSM de levar a questão em conta desde o início pode ser a receita para evitar problemas na expansão da Spark by Hilton.

Inovação hoteleira

Implementando móveis e elementos duráveis ou facilmente substituíveis, além de reduzir o tempo de entrega, a marca promete simplificar a cadeia de fornecimento e baratear os gastos. Em função disso, Chris Nassetta, presidente e CEO da Hilton, acredita que a bandeira e a entrada da companhia no segmento econômico seja a coisa mais disruptiva realizada pela empresa em termos de espaço de marca e ainda mantendo o preço baixo.

“Não acreditamos que haja concorrentes reais nesse segmento”, alega Nassetta. “Vamos entrar com preços mais ou menos 20% abaixo do Tru by Hilton. Terá um preço acima do espaço econômico tradicional, mas será um produto melhor, de maior qualidade e mais consistente”, complementa.

No que tange a tempo de entrega, a HSM também pretende inovar em termos de lançamentos de marca para a empresa, pré-encomendando os materiais necessários. Embora exista maior risco, reduz em meses a entrega de conversões da Spark. Segundo estimativas da Hilton, pode levar até 20 semanas para obter móveis, utensílios e equipamentos no local para a conversão. Enquanto que o processo da rede, em parceria com fornecedores, reduz isso em até oito semanas, garantindo ainda que suprimentos e equipamentos operacionais cheguem juntos.

Quanto à potencial variação na demanda de expansão da Spark, Anu aponta a comunicação ativa e frequente como resposta. “Temos um certo número de hotéis previstos para o ano e estamos em constante comunicação com nossos amigos da equipe de desenvolvimento. Então, conforme o pipeline muda, o que já aconteceu algumas vezes e o que é ótimo e empolgante, estamos recebendo feedback”, explica.

“No final das contas, os proprietários apreciam o foco nos custos e na disponibilidade resultantes do foco na cadeia de suprimentos com a nova marca Spark”, continua Anu. “Acho que mesmo para todas as pessoas envolvidas no lançamento da marca, foi útil para eles ver o valor de ter uma equipe de serviços da cadeia de fornecimento e esse tipo de engenharia de valor à mesa desde o início”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Spark by Hilton