Em sua mais recente atualização, o STR aponta incremento significativo em um dos indicadores mais relevantes da hotelaria. Até 12 de agosto, 88% dos mercados globais, incluindo o Brasil, apresentavam patamares de RevPar superiores a 2019. O percentual é ligeiramente inferior aos 90% observados no relatório anterior. Dentre as cidades analisadas, o Rio de Janeiro tem uma das maiores taxas globais.

Segundo o estudo, entre todos os países com oferta hoteleira acima de 50 mil UHs, Israel, França, Grécia, Singapura e Croácia lideraram o RevPAR numa base real. A Grécia manteve a liderança apesar do impacto dos incêndios florestais, enquanto Singapura regressou à tabela de classificação após um breve hiato.

Os países que registaram ocupação acima dos 80% foram os mesmos da última atualização, incluindo Grécia, Singapura e Reino Unido. Ao mesmo tempo, cada um dos três registrou uma descida do indicador que variou de 2% a 9%.

Já a Irlanda registou aumento de 1% em relação a 2019, com ocupação comparável de 89%, marcando o quarto período consecutivo de 28 dias em que o país teve o indicador em nível superior a 80%.

Consistência em receita por quarto

Grécia, Itália e Colômbia mantiveram os primeiros lugares no crescimento do RevPar em comparação com 2019, juntando-se à Hungria e ao Brasil. Apesar de estar entre os mais baixos em termos de desempenho real do indicador, o resultado brasileiro superou significativamente o de 2019.

Os países que estão atrás do RevPar de 2019 permaneceram consistentes, sendo o Vietnã o único que apresenta tanto a ocupação, como a diária média, abaixo do período comparável pré-pandemia.

Excluindo os mercados regionais, nacionais e com taxas de câmbio flutuantes, os cinco melhores desempenhos em RevPar entre os mercados a nível municipal foram Rio de Janeiro, Sanya, Brisbane, Milão e Roma. A capital fluminense registrou um crescimento excepcional tanto em diária média, quanto em ocupação, de +72% e +19%, respectivamente, reforçando os dados divulgados pela HotéisRIO.

A atualização do mês passado destacou o impulso positivo nos mercados da China, com 85% de suas praças ultrapassando o nível de RevPar de 2019. A mesma porcentagem de mercados no país também registou recuperação neste indicador. Contudo, as grandes cidades não estão seguindo essa tendência de recuperação: Pequim, Guangzhou e Shenzhen viram o seu desempenho cair abaixo dos níveis de 2019, com Shenzhen registrando o declínio mais significativo, de -24%.

(*) Crédito da foto: danielserrani/Pixabay