Lacte 2024: Hilton segue apostando no all inclusive

Lacte 2024 - Hilton

Executiva celebrou crescimento no all inclusive

Posicionada entre as maiores redes hoteleiras do mundo, a Hilton vem apostando forte no segmento all inclusive. Em apresentação no Lacte 2024, Beatriz Barbosa, gerente sênior de Vendas para o segmento na América Latina e Caribe, falou sobre o portfólio, que hoje conta com 14 resorts, sendo seis no México, cinco no Caribe e três na Turquia.

“O nosso portfólio all inclusive conta com hotéis projetados de acordo com as particularidades de cada destino. É uma estratégia que tem dado certo, oferecendo novas e encantadoras experiências aos nossos hóspedes ao redor do mundo”, explicou a executiva.

“Além disso, estamos fazendo investimentos massivos em equipe e pessoas e expansão das ferramentas e sistemas. São propriedades com diversos atrativos, em destinos encantadores, e com certeza deveremos manter nosso foco no all inclusive nos próximos anos”, completou.

Posicionamento de mercado

Na estratégia de Hilton no segmento, a expansão é uma das frentes nas quais a rede tem atuado. “Em dezembro, por exemplo, iremos inaugurar um empreendimento da Curio Collection by Hilton na República Dominicana, na região de Miches. É uma área extremamente atrativa, na qual o governo tem concentrado muitos investimentos, e consideramos isso uma forte oportunidade para a rede”, analisou.

Ainda segundo a executiva, a estratégia funciona como um benchmarking para diferenciar a companhia das concorrentes. “Obviamente, a Hilton é, hoje, uma rede que dispensa qualquer apresentação, mas seguimos sempre inovando ao máximo, sempre trazendo novas experiências para os nossos hóspedes”, finalizou.


Combatendo o etarismo no mercado de trabalho

Continuando a programação de palestras do Lacte 2024, foi apresentado o painel Gestão Multigeracional: uma conversa cativante pelo fim do etarismo, oferecido pelo Charlie. A sessão apresentou perspectivas sobre a gestão no local de trabalho, entre outros pontos importantes.

O painel foi mediado por Andrea Tenuta, head de Novos Negócios da Maturi. O primeiro momento do bate-papo, destinado ao público mais experiente, contou com participação de Fábio Dalazzem, fundador e consultor da FRD Consultoria; Julia Pazzini, secretária executiva na BVP Geotecnia e Hidrotecnia e autora do livro Etarismo e Diversidade no Mercado de Trabalho; e Ricardo Ferreira, que atua como consultor e ativador de negócios.

Dando início ao debate, Andrea pontuou que os debates sobre etarismo no mercado vêm ganhando cada vez mais força. “Nós vivemos em um país no qual o foco de tudo são as pessoas jovens. E nós precisamos cada vez mais discutir essa questão”, apontou a mediadora.

Lacte 2024 - Multigeracional

Painel debateu etarismo no mercado de trabalho

“Hoje, eu digo que vivemos um momento muito específico no mercado de trabalho, no qual há um gargalo muito grande entre as gerações. Por isso, precisamos discutir como unir as diferentes gerações que compõem o mercado de trabalho”, destacou Dalazzem, afirmando que, em sua carreira, enfrentou o etarismo tanto em suas duas pontas: por ser muito jovem, e por ser considerado “velho demais”.

Iniciando sua fala no painel do Lacte 24, Ferreira pontuou que, com o aumento da expectativa de vida, as pessoas sentem necessidade de trabalhar por mais tempo. “Se vamos viver mais, é preciso trabalhar mais. Antigamente falávamos muito em preparar as pessoas para a aposentadoria. E agora isso mudou: é preciso prepará-las para a longevidade. E isso é uma responsabilidade das empresas”, explicou.

Em sua participação no painel, Julia afirmou que, em um ambiente onde a multigeracionalidade não está acontecendo, cabe aos profissionais mais experientes propor discutir sobre a questão. “A idade está só na minha certidão e na identidade, mas não na minha mente. E é assim que o mercado precisa pensar”, finalizou Julia.

E qual a visão dos mais jovens?

A segunda parte do debate contou com participação do grupo abaixo dos 40 anos, formado por Liss Lourenço, secretária executiva na Veirano Advogados; Ana Keiko, secretária executiva na Mattos Filho; e Jacqueline Conrado, country manager na United Airlines.

Iniciando a conversa, Jacqueline pontuou que tem refletido muito sobre o tema do etarismo. “Esse processo de estudar um pouco mais o tema tem sido muito importante. Hoje temos quatro gerações trabalhando juntas, o que gera mais conflitos. Um fenômeno recente são as redes sociais. Porque se estamos nesse ambiente, é difícil conhecer novas perspectivas”, explicou.

Dando continuidade, Ana declarou que também já sofreu os efeitos do etarismo. “Eu mudei de profissão aos 35 anos, e tive várias dúvidas ao tomar essa atitude, me questionando se eu era ‘velha demais’ para isso. Essa transição demorou um pouco na minha mente, mas com o tempo todo aquele medo foi sumindo, quando venci essa barreira”, ressaltou.

Complementando o raciocínio, Liss destacou que, independente da idade, sempre haverá aprendizados. “Quando se coloca diversas gerações dentro de um escritório, pode haver uma troca bem grande de conhecimento, e novas conexões. Mesmo sendo todos plurais e diferentes, sempre haverá aspectos em comum. Basta praticar a escuta ativa e colaboração”, finalizou.


Como garantir a satisfação do viajante corporativo?

Dando continuidade à programação do Lacte 2024, apresentado o painel #UserX – o algoritmo do viajante feliz. Na sessão, os palestrantes Guilherme Rizzi, travel director da Paytrack; Ariane Paluzzi, coordenadora de Serviços, da Mackenzie; e Julliane Cortez, business development manager da FCM Travel MX.

Abrindo o painel, Ariane fez considerações sobre a previsibilidade dos problemas na indústria de viagens corporativas. “Sempre há um planejamento, mas é válido deixar claro que nunca teremos controle de tudo. Então, o que fazer quando a viagem não dá certo? Como lidar com viajantes insatisfeitos? A resposta é: precisamos ter uma escuta ativa”, apontou.

“Quando temos um problema, o que mais esperamos é um retorno daquilo. A demora traz insegurança, então precisamos oferecer soluções. Hoje as pessoas querem a resposta ‘para ontem’ e, por isso, é preciso mostrar ao cliente que alguma coisa está sendo feita para resolver aquela questão. É preciso usar as falhas para aprimorar os processos. Precisamos de novas abordagens e soluções”, completou.

Viagem do caos

Abrindo sua fala no painel do Lacte 2024, Rizzi falou sobre problemas que envolvem as viagens corporativas. Entre eles, estão cancelamento e reagendamento de voos, problemas de hospedagem, perda de bagagem, problemas de comunicação, incidentes culturais, entre outros.

“Neste cenário, é preciso facilitar a jornada do viajante, e para isso a política de viagens tem que ser clara, transparente, justa e documentada. Muitas vezes. Além disso, precisamos de sistemas online didáticos e all in one. Programar também é uma excelente alternativa para driblar esses programas. Uma viagem bem programada significa menos dor de cabeça”, reforçou.

Na explanação no Lacte 2024, Rizzi também falou sobre a importância da personificação na experiência do cliente. “É necessário tratar o cliente pelo nome, entender suas necessidades e estruturar o atendimento se baseando nisso”, comentou. Questionados sobre como utilizam os dados de viagens para melhorar a experiência do viajante, representantes de empresas apontaram personalização, análise de feedbacks e monitoramento de padrões de gastos como principais fatores.

Lidando com os problemas

Ao final da palestra, Julliane tomou a palavra e comentou sobre a felicidade dos viajantes. “Nossa pesquisa aponta que 68% dos usuários de tecnologia de viagens dizem que a experiência é ruim. E isso nos leva a questionar: o que fazer para tornar a viagem corporativa incrível para o cliente?”, indagou a executiva.

Lacte 2024 - Palestra_Algoritmo

Painel analisou satisfação do cliente corporativo

Em resposta, a plateia forneceu respostas pontuando que a viagem perfeita seria uma jornada sem problemas em nenhuma etapa, 100% digital, com pontualidade, respeito e empatia com as necessidades do viajante. “Baseado nessas respostas, podemos dizer o extraordinário é o ordinário atualmente. Ou seja, os viajantes não esperam nada excepcional, mas coisas simples”, endossou.

“De acordo com a análise que fizemos, elegemos três pilares principais: eficiência, conveniência e flexibilidade. Nosso viajante quer se sentir valorizado e reconhecido. E quando ele exige isso, ao mesmo tempo diz que pequenos gestos o deixariam mais satisfeito”, concluiu.

Julliane apontou, ainda, que cada interação com os viajantes gera dados que irão direcionar as estratégias das empresas. Vale lembrar que essa é uma estratégia que se aplica (e muito) ao dia a dia dos hotéis, visto que com uma boa base de dados, os empreendimentos conseguirão atender de forma mais eficaz às demandas dos clientes. “Os dados não são só nossos, mas sim da indústria como um todo. E são eles que nos fazem compreender métricas importantes, como taxa de cancelamento e, assim, definir novas estratégias e elevar as viagens corporativas a um novo patamar”, finalizou.


Lacte 2024 é oficialmente aberto em São Paulo

Há poucas horas, foi oficialmente aberto o Lacte 19, encontro promovido pela Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas). O evento, que dura até amanhã (27), está sendo realizado no WTC Events Center, em São Paulo. Durante a cerimônia de abertura, Juliana Patti, presidente da entidade, deu as boas-vindas ao público e falou sobre a importância de unificar o mercado.

Lacte 2024 - Executivas

Executivas na abertura do evento

“É uma necessidade que temos sentido cada vez mais forte. Precisamos de um mercado unido em busca de um crescimento contínuo. E é nesse sentido que temos atuado, com discussões sobre pontos importantes para o setor”, ressaltou a presidente.

A cerimônia também contou com as participações de Giovanna Jannuzzeli, que atuou como diretora executiva da entidade por seis anos, e Luana Nogueira, sua sucessora no cargo. “Estamos muito felizes em abrir o Lacte 2024, reunindo amigos, conhecendo pessoas e promovendo novas conexões importantes para o nosso setor”, destacou a atual diretora executiva.

“Estou há cerca de quatro meses atuando na Alagev e esse novo desafio me faz querer continuar aprendendo. Depois de anos participando do Lacte como plateia, tenho muito prazer e orgulho em subir nesse palco, apresentar o evento e discutir soluções desenvolver esse mercado tão rico e forte”, pontuou Luana.

Qual o futuro das novas gerações?

No primeiro painel do dia, intitulado O futuro mudou bem na minha vez, Dado Schneider, sócio-proprietário da Dado Schneider Capacitação, apresentou evidências sobre o futuro das novas gerações. Na primeira parte da palestra, não-verbal, o painelista apresentou slides sobre o comportamento das novas gerações.

Em sua palestra no Lacte 2024, Schneider destacou que, entre as diferenças de hábitos, está a maior espera por conforto e comodidade. “Hoje, temos jovens velhos que sequer pensam em sair da casa dos pais. As gerações anteriores eram marcadas por serem mais contestadoras”, avaliou, ressaltando que a busca por inovação ainda é uma característica mais marcante nas pessoas mais velhas.

Lacte 2024 - Palestra_Dado

Schneider debateu conflito de gerações

“Se a internet foi o grande divisor de águas da humanidade, a Inteligência Artificial será ainda mais, porque está aqui de graça para todo mundo que tem um smartphone e um sinal de Wi-Fi. Se você é jovem e dormiu no ponto com as redes sociais, comece a estudar IA. As gerações mais velhas estão mais livres de problemas que atingem as novas, como o burnout“, complementou.

Durante a explanação, Schneider apontou o quão difícil prever as inovações para os próximos anos devido às diferenças de comportamento entre as gerações. “Os mais velhos foram criados para galgar novas conquistas, novos pontos. Hoje, tudo está mais horizontal. Até o final desta década, sete gerações trabalharão juntas no mesmo projeto, no mesmo departamento, e não necessariamente a pessoa mais velha vai comandar essa equipe. Sendo assim, os jovens precisam desse senso de inovação, de buscar soluções”.

Por fim, o palestrante elencou as novas discussões que foram trazidas pela geração Z nas últimas duas décadas. Entre elas, estão sustentabilidade, diversidade, relações mais horizontais, entre outros pontos. “Nos esforçamos para viver em um mundo com uma nova agenda. A geração Z está acostumada a não olhar a autoridade de baixo para cima, causando um conflito de gerações. Tudo mudou, e a geração Z está revolucionando o comportamento”, finalizou.

(*) Crédito das fotos: Peter Kutuchian e Lucas Barbosa/Hotelier News