Uma combinação de fatores internos e externos levou o Hotel Gran Marquise a alcançar resultados financeiros não vistos para o mês de julho desde 2012. É claro que as férias escolares tiveram seu peso na equação, mas outros pontos relevantes, como a explosão de casamentos e retomada de eventos corporativos também contribuíram para o bom desempenho.

Em entrevista ao Hotelier News, Philippe Godefroit, gerente geral do empreendimento cearense, explica que a ocupação de Fortaleza retornou aos patamares pré-pandêmicos, com alguns hotéis superando a marca de 2019. Contudo, foi o RevPar que se destacou entre os indicadores do Gran Marquise. “Julho foi muito bom, mas nosso diferencial foi o RevPar. Estamos com a diária média mais alta da cidade e nossos pontos de venda também trabalharam muito bem”.

O hotel encerrou o mês passado com diária média de R$ 780 e RevPar de R$ 386, enquanto a média da capital cearense de lucro por quarto é de R$ 280, de acordo com Godefroit. “É o melhor resultado de julho da última década, mas desde janeiro estamos batendo recordes, com indicadores acima da concorrência”, acrescenta o gerente.

Com dois restaurantes e um bar, o A&B (Alimentos & Bebidas) foi um dos protagonistas do mês, representando 40% do faturamento total do Gran Marquise. Segundo o executivo, a participação do departamento, normalmente, é de 30%. O salto da gastronomia foi catalisado pela demanda de casamentos, setor bastante aquecido na retomada. Em julho, o empreendimento realizou uma média de três matrimônios por fim de semana.

“A demanda de casamentos nos ajudou bastante, assim como os eventos corporativos, que juntos representam 25% da receita. Outro segmento importante é o futebol, jogos importantes do Brasileirão aconteceram em Fortaleza e recebemos muitas equipes no hotel”, conta Godefroit.

Outros fatores que impulsionaram os resultados foram a revitalização da orla da Praia de Iracema e o retorno do Fortal — tradicional micareta realizada em Fortaleza. “O evento estava em declínio desde 2017, mas voltou com força total. Foi um sucesso”, comemora o gerente.

São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e estados do Sul do país seguem como os principais mercados emissores de hóspedes do Gran Marquise, além da demanda local e regional de turistas.

Hotel Gran Marquise - philippe godefroit

Casamentos ajudaram nos resultados, diz o gerente

Expectativas e adaptações

Antes da pandemia, o público corporativo representava 70% da ocupação, enquanto o lazer levava os 30% restantes. Hoje, a divisão é de 55% para o business e 45% para as famílias. Para melhor atender a crescente demanda de turistas a passeio, o empreendimento fez alguns ajustes operacionais e estruturais.

“Realizamos algumas modificações, como a criação de um kids club, menu infantil e adaptações nos apartamentos. Agora, contamos com 12 suítes família, com duas camas de casal. Também desenvolvemos promoções nos pontos de venda que ajudaram a alavancar o consumo”, acrescenta Godefroit.

Com a entrada do segundo semestre, as expectativas são as melhores possíveis. Além do aquecimento de eventos e congressos no Centro de Convenções de Fortaleza, as reservas para o Réveillon já começaram. “Fortaleza terá dois dias de shows nas praias e observamos muita antecedência de compra para o Ano Novo. Outro fato relevante é a demanda para Jericoacoara, Canoa Quebrada e Fortim, que gera fluxo de turistas que passam uma noite ou duas na capital”, finaliza o executivo.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Hotel Gran Marquise