Após celebrar o melhor julho da década, o Hotel Gran Marquise, localizado na Praia de Mucuripe, em Fortaleza, está celebrando 30 anos de operação. A comemoração não poderia ser melhor, porque além da grande festa, programada para acontecer no início de dezembro, o empreendimento registra um recorde na RevPar (Receita por Quarto Disponível) na casa dos R$ 370. No outro indicador, também muito importante, o GOP (Resultado Operacional Bruto), o índice alcançado é de 38%.

Em entrevista ao Hotelier News, Philippe Godefroit, diretor geral do Gran Marquise, atesta que o recorde no RevPar é fruto do foco na performance de diária média (DM), convertido em um índice excelente. “Nosso foco sempre é na DM elevada, o que nos dá garantia de resultados, independente da taxa de ocupação”, explica Godefroit. “Com isso, mesmo com um índice de ocupação entre 55% e 60%, e com uma DM de R$ 700, conseguimos entregar resultados para nossos investidores e ainda, reinvestir no nosso hotel. Agora me diga: qual o hotel no Nordeste, no nosso segmento, que atua desta maneira?”, provoca o executivo.

Área do Lobby Bar, no Gran Marquise


Gran Marquise: recorde no RevPar veio do reposicionamento pós-pandemia

Segundo ele, esse trabalho de reposicionamento da DM começou após a reabertura do hotel na era pós-pandêmica. “Pesquisamos em outras cidades a atuação de hotéis similares ao nosso. É bom deixar claro que não olhamos apenas para o mercado local, porque o Gran Marquise poderia estar em qualquer outra grande capital. Por isso, olhamos em Belo Horizonte, no Rio, em São Paulo, Recife e chegamos nesta conceituação, que está atrelada à toda entrega que fazemos aos nossos clientes, que têm percebido e aceitado esse padrão muito bem”, afirma.

O departamento de Eventos do hotel tem contribuído para a performance do Gran Marquise. “Temos tido um bom equilíbrio entre eventos corporativos e sociais. Só de festa de casamentos, é praticamente um por fim de semana”, celebra Godefroit. Com isso, o segmento representa cerca de 35% do faturamento geral.

Investimentos

Indo na pegada da constante renovação, nos últimos anos, houveram investimentos de mais de R$ 5 milhões, recurso utilizado na substituição da subestação e da reforma da cozinha central.

Participando da entrevista, Catarina da Costa Martins, gerente de Vendas do Gran Marquise, salientou a questão do mantenimento do hotel. “Temos sempre um olho clínico na questão da manutenção preventiva, por isso, quando você olha para este empreendimento de 30 anos e percebe o estado no qual se encontra, isso faz toda a diferença”, aponta a executiva. Segundo Godefroit, a manutenção preventiva custa o equivalente a 10% do faturamento do hotel.

A novidade para este ano é a completa repaginação do restaurante Mangostin, um dos dois existentes no Gran Marquise. “Vamos investir cerca de R$ 3,5 milhões no novo conceito físico e das experiências. Teremos nova cozinha, novo cardápio, nova carta de drinques, enfim, um restaurante novo”, revela.

Na área da tecnologia, investimentos também serão aplicados nas fechaduras dos 230 apartamentos. Seus maquinários serão trocados por mais novos, permitindo assim a utilização de cartões de abertura das portas por aproximação ao invés dos atuais, com tarjas magnéticas. “Já deveriam estar instaladas, mas a questão da logística pós-pandemia atrasou a entrega dos equipamentos”, comenta o diretor.

Parte da fachada do empreendimento fortalezense

 

Ações para comemorar os 30 anos

Além da festa, o Gran Marquise está realizando algumas ações locais. Neste mês, o staff do hotel fez a limpeza da praia. “Temos que cuidar do nosso entorno e também das pessoas que vivem no bairro”, comenta Godefroit.

Nos próximos dias, o Gran Marquise ofertará um grande café da manhã no calçadão em frente ao hotel. “Todos os dias passam por ali milhares de pessoas. O café da manhã será uma forma singela de retribuirmos para uma parte da sociedade o carinho que temos por eles”, finaliza o diretor geral do Gran Marquise.

Vida longa ao Gran Marquise!

(*) Crédito das imagens: Peter Kutuchian/Hotelier News